domingo, 2 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #04 - Parte 3

O casal Steloisa logo vê a cena, Jorge havia derramado a bebida em Maitê, e ficam boquiabertos. Stenio ri e é repreendido pela mulher, que prende seu sorriso. Mesmo sem entenderem muito bem o acontecido, correm para a mesa onde os amigos se encontravam. Maitê estava sem reação. E Jorge parecia um pouco bravo com a presença de um terceiro na mesa. Ricardo!! Mas o que ele fazia ali? Quando tinha chegado? Ele estava envolvido? Não houve tempo para respostas. Maitê puxa o braço da amiga e a leva até o banheiro, parecendo muito contrariada, deixando os outros para trás.
H: O que aconteceu, Maitê? – Entrando no banheiro e se soltando da amiga. – Você pode me explicar? – Maitê andava de um lado para o outro.
M: Ele é maluco, Heloisa, maluco! – Agora se olhava no espelho, percebendo seu vestido com a barra toda molhada do drink. – Olha meu vestido!
H: Por que ele fez isso? E o Ricardo? Ele tá lá há muito tempo? – A amiga demora um pouco, parecia aérea, mas a delegada está curiosa e apressada. – Fala Maitê!
M: Foi assim, amiga. – Respira, tentando se acalmar. – Eu estava com o Jorge, esse amigo “gato” que você me prometeu – Helô tenta não ri, prendendo os lábios. – É... pode rir, mocinha, essa você me paga. – Ri também. – Continuando... Tentei não me prender em aparências, e tal, mas o papo também não foi nada bom... Amiiiiga o homem não o mínimo de compatibilidade comigo, se acha o máximo – Elas riem.
H: Mas fala logo o que geral aquela cena que eu vi.
M: Então, eu estava tentando me sair e ele insistindo, foi quando o Ricardo chegou. Eu fui falar com ele, toda simpática, cheia de saudades – gesticula com as mãos – toda toda – ri. – Mas o Jorge não gostou, se sentiu ofendido...
H: Não... INACRE.
M: Pois é. Irritadinho todo, disse que não podia ficar ali me vendo dar bola para aquele cara (Ricardo) e que estava se sentindo excluído, e não sei o que lá... – Heloisa parecia não acreditar no que ouvi. – Ai, no meio da ceninha dele, derrubou o drink em mim e fechou a cara! Você acredita nisso?
H: Não! Meu Deus, Maitê. Eu to com vergonha de ter te apresentado esse cara, se bem que eu nem o conhecia também, mas o Stenio jurou para mim que ele é O cara... Esse Stenio...
M: Não, Helô, não culpa o coitado do Stenio – Helo olha para a amiga, indignada. – Não! Ele não teve culpa. Ele não via esse tal amigo há anos!
H: É, isso é mesmo, mas... – Maitê dá sinal para ela parar de falar. – Ta certo, não vou mais estender esse assunto. Mas... E agora? Ricardo e Jorge lhe esperando lá fora... Vamos?
O jeito era sair, a final elas não poderiam passar o resto da noite ali. Helô segura a mão da amiga, dando-lhe força, e elas seguem a caminho do salão. Chegando lá veem apenas Ricardo e Stenio. Estranham, mas preferem assim. O advogado pede desculpas à Maitê e explica que Jorge não estava passando por uma boa fase, que não imaginava ele assim, que não se viam há muito tempo, que... que... Mil desculpas, que logo Heloisa tratou de cortar.
H: Tudo bom, Ricardo? – Mudando de assunto.
R: Ô, Helô, tudo bem? – Cumprimenta a colega com um abraço, deixando Stenio E Maitê desconfortáveis.
Maitê não acreditava que existia algo entre eles, mas seu inconsciente (de tanto ouvir histórias e os ciúmes de Stenio) não gostava muito da cena. Já Stenio... Stenio era despeito mesmo!
S: E agora? O que vamos fazer? – Se coloca entre os policiais, sorrindo para a delegada, que não retribui.
M: Vamos embora?
R: Mas já? Eu acabei de chegar. É não vai embora por minha causa, não é. – Ricardo pega a mão de Maitê, deixando-a sem graça e fazendo o clima mudar. – Que tal estendermos a noite? – Ele percebe os olhares de Stenio e Helô – Podemos sair nós 4 para um restaurante legal.
M: Seria ótimo! O que vocês acham? Vamos Helô!!!
No início a delegada recusa, mas a insistência da amiga a vence e eles seguem para o restaurante mais próximo. Chegando lá, esperam alguns minutos para conseguir uma mesa, o lugar era bastante procurado por ter uma ótima comida japonesa. Enquanto esperam pode-se notar o comportamento oposto dos dois casais. Maitê e Ricardo, quase reatando o namoro, conversam bastante entrosados, riem e trocam olhares apaixonados. Já Stenio e Heloisa trocam farpas, olhares maliciosos,ironias, tapas e beijos roubados, sempre por Stenio.
S: Que demora.
H: Não reclama, Stenio. Você demora mais tempo no banho do que a gente passou nessa fila – ela ri. – O garçom chega, guiando-os até a mesa.
S: Ah, Helosinha – Ricardo e Maitê segue na frente, assim que Helô vai atrás é puxada pela cintura. – Você é muito dura comigo... – Fala no ouvido dela, deixando-a mole. – Por que você é dura desse jeito comigo, hãm? – Ela se derrete, mas logo volta a si e o empurra com o bumbum.
H: Sai pra lá, Stenio. Olha o excesso de intimidade, ainda mais em público. – Desfila até a mesa, rindo e provocando ainda mais o namorido.
A música ambiente é muito calma e doce. O sushi estava divinamente saboroso. E o saquê estava tão bom que Helô tomara vários, tanto que Stenio já estava ficando preocupado. Ricardo sempre fazendo as duas rirem ou suspirarem (até Helô, alegrinha do modo que estava), deixando Stenio com raiva e/ou ciúmes. Mas ele, que não gosta de ficar por baixo, logo faz algumas piadas e rouba uns sorrisos rápidos de sua amada.Parecia até uma competição, da qual Ricardo estava ciente e gostando de participar. Apenas os dois homens falavam n mesa, elas apenas riam... Assim ele passam a noite, uma noite calma, relaxante, harmoniosa e “em parte” romântica.
Chega a hora de irem para casa. Ricardo chama o garçom e pede a conta, porém na hora de pagarem surge outra competição/confusão para decidir quem pagaria. Stenio bate o pé para que seja ele, Ricardo faz o mesmo e assim permanecem por alguns instantes, até que Maitê ri e aponta para o lado, chamando a atenção deles. Eis que está Heloisa, com a conta paga e uma cara de totalmente satisfeita, vitoriosa.
H: Vocês FALAM demaisss. – Ela ri, junto à Maitê.
S: Não acredito que você fez isso, Helô.
R: Nós estávamos resolvendo, eu iria pagar...
S: Não! Eu... – Mas é interrompido por ela.
H: Ta ta ta ta, na próxima vocês pagam.
M: Bom, então vamos? – se levantando.
H: Não, amiga, eu pedi uma saidinha para nós brindarmos, senta aí.
R: Bem, antes, me deem licença, vou ao toalete. – Assim que Ricardo levante Stenio o imita e retira uma gargalhada de Helo.
A saidera chega à mesa, logo Helô pega seu saquê e vira de uma vez só. Stenio tenta controla-la, mas não consegue conte-la. O gesto dele acaba fazendo parte do liquido cair sobre a blusa da delegada, irritando-a profundamente.
H: Stenio!!! Olh o que você fez!!
M: Eita, vai virar costume esses homens derramarem bebida na gente – ela ri, enquanto Helô se levanta e segue em direção aos banheiros.
Helô costura o salão até chegar ao seu destino, deixando Maitê e Stenio incrédulos e sorrindo com a cena. Chega em frente ao espelho, que tinha do lado de fora dos dois banheiros (masculino e feminino) e passa um papel molhado no decote. Se olha e começa a falar sozinha (lembrando que ela estava bastante felizinha).
H: Tá vendo você, vai dar bola para o papo do Stenio... – Faz bico. – Só porque ele é TUDODEBOM Rá! – Ria da própria loucura. – E o Ricardo... UOU... O Stenio morre de ciúmes dele, mesmo sem eu nunca ter esperimentado... – continua rindo e se olhando, de repente Ricardo aparece do seu lado.
R: Está falando de mim? – Se encosta no espelho, rindo.
H: Ricardo!! – Ri. – Eu? Você ouviu o que? – Se encosta a pia, se aproximando um pouco do delegado e brincando com o olhar de interrogadora.
R: Só o meu nome mesmo...
Eles sorriem, o clima era de brincadeira, como um interrogatório policial mesmo. Apesar de Heloisa já ter bebido muito e seus pensamentos não estarem muito puros, ela não cogitaria NUNCA a opção de ter algo com o delegado. Mas...
R: Helô, você está bem alegrinha, né?
H: Por que? Ta dando para perceber é? Ráaaaa – Neste momento ela escorrega e cai nos braços do delegado.
Eles, nervosos, se olham fixadamente. Uma mistura de vergonha, cansaço, álcool e curiosidade invadem os dois. Ricardo, mesmo interessado por Maitê tem uma certa vontade de beijá-la. Já Helô, totalmente fora de seu normal, até sentia uma curiosidade, mas isso estava completamente fora de seus valores. Ricardo levanta-a devagar, os corpos estava muito próximos, eles até podem sentir seus cheiros. “Que tentação”, pensa ele. Helô morde o lábio superior, pensativa. Não se sabe como um beijo acontece. Sem nexo, amor, vontade  ou qualquer pingo de sentimento.
S: Helô!?- Stenio e Maitê, depois de estranharem a demora de ambos, vão atrás e presenciam o maldito beijo.

Continua... 


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