terça-feira, 2 de julho de 2013

Fanfic Steloisa #11

Tudo na perfeita paz e harmonia. A família Sampaio Alencar viva uma fase de total amor. Todas as atenções voltadas à Drika, da maneira como ela sempre adorou. A gravidez foi em perfeitas condições. Graças a Deus, o casal problema deixou de fazer loucuras. Agora até Pepeu está trabalhando. Os avôs, cada dia mais apaixonados, até parecem os próprios pais da criança. E quando descobriram que era um menininho a coisa só piorou. A final, Stenio sempre quis um garotão para ensinar a ser pegador, assim como ele. E Helô, a oportunidade de um companheirinho, o que Drika nunca foi para ela.
Drika já estava com 9 meses, o parto iria ser Cesário, e estava marcado para a semana seguinte. Então a delegada, nervosíssima, resolve ver (pela milésima vez) se estava tudo em ordem na mala que a filha iria levar para o hospital. Helô, que não trabalhara naquele dia, chama Creusa e Stenio, que estava morando com ela, para ajudar.
H: Fraldas? – Olhando e marcando em sua listinha.
S: Ok. – Ele se espanta com a quantidade de fraldas – Meu deus!! Um bebê tão pequeno, pra quê tanta?
C: O bichinho é pequeno, mas produz muito, D. Stenio... – rindo e tampando o nariz, fazendo todos rirem também.
H: Chupeta, Talco, pomadinha?
C: Ta sim!
H: Chuquinha, mamadeira, aquela pequenininha?
C: Oxi, tá aqui já! – Com um enorme sorriso.
H: E o macacãozinho amarelo? Aquele que eu comprei para a saída da maternidade, cadê?
S: E... Esqueci! – Bate a mão na testa e corre para o quarto.
H: Não pode esquecer, Stenio! –O segue até o seu quarto.
C: Vixi Maria! É um estresse... Mas sim! – Creusa continua a arrumação da mala, pois já sabia de cor aquela história, no nascimento de Drika fora a mesma coisa. Ela termina a mala e vai para a sua cozinha.
No quarto, Helô briga com Stenio, como de costume (eles amavam as briguinhas). O advogado adorava irritar a mulher, o excitava. Eles estavam vivendo como marido e mulher, mesmo não tendo se casado novamente, moravam juntos e viviam em lua de mel. Ele fingia não encontrar a roupinha, mas já tinha uma intenção oculta...
S: Helô!! Helozinha. Me ajuda aqui!! – Ela aparece atrás dele, o assustando. – Que susto, Helô! – Põe a mão no peito, caindo para trás, no canto do closet.
H: Não é poSSÍvel... – Ela ri ao ver Stenio no chão – Você é INACRÊ!
S: Me ajuda, acho que coloquei a caixa dele aqui por baixo... – Ela se abaixa e procura também.
H: Você tem certeza que colocou aqui? – Vasculhando as coisas – Tem mesmo, Stenio? – Ele se aproxima do pescoço dela, tira o cabeço e a cheira. – Para, Stenio... – Se arrepiando. Ele continua – Ta fazendo cosquinha , Stenio. Para... – Ele ri e continua, agora percorrendo todo o pescoço. – Stenio, foco! Precisamos achar o macacão! – O afasta e continua a procurar. – Ele insiste. – Stenio! Pow! – Olha-o contrariada- Eu vou parar de te ajudar a procurar!!
S: Não precisa mais procurar, Helosinha... – A abraça, virando-a para ele.
H: Para, eu não gosto que você me chame de HE-LO-SI-NHA. – Falando “sério” e “brava” e se aproximando dele.
S: Gosta sim! Mentira sua... – Se aproxima mais ainda do seu rosto, falando suavemente.
H: Para, Stenio. – Se afastando e ele insistindo. – Não, não... – Um selinho e volta. – Pa-para. – Mais um selinho. – Tenta se levantar no meio dos selinhos, mas acaba caindo. – Aiii – Stenio cai por cima dela e os dois riem.
O casal nunca esteve tão bem. Parece que o tempo que estiveram separados só aumentou o que sentiam, intensificou e amadureceu.  Estavam conectados. A gravidez da filha contribuiu muito para a relação dos dois, mas a ideia de se casar novamente estava longe de ser aceita. Helô decidiu que morar junto seria o melhor, e como a ultima palavra era sempre da delegada, Stenio concordou. Mas ele não desistia de tentar amolecê-la.
S: Você vai ser a vovó mais linda desse mundo, sabia? – Por cima dela, no chão.
H: E você o vovô mais mentiroso. Rá. – O beijando no canto da boca.
S: Você acha que eu to mentindo? – Se levanta e a puxa, levando-a até a frente do espelho. – Olha ali – Fica por trás dela e aponta para seu reflexo no espelho.
H: O que? – Fingindo não entender.
S: Ta vendo aquela pessoa maravilhosa ali? – Aponta para o espelho -  Além de linda, cheirosa, - a cheira no pescoço – bem sucedida, durona, doce, totalmente incrível? – Ela sorri e suspira – Então, você ta do lado dela! – Faz careta, aponta para si começa a rir.
H: Cachorro! – Dá um soquinhos no peito dele.
S: Ta certo, ta certo... – Põe as mãos para cima, se rendendo. – É você!
H: Convencido! – Ela ri, junto com ela.
S: Você ainda não viu nada – A vira e pega em sua cintura. – Eu vou te mostrar – Joga-a na cama e vai se aproximando.
H: Stenio... – Com uma voz manhosa. – Não... – Ele faz que sim com a cabeça – Não... – Repete o gesto chegando cada vez mais perto. – Temos que terminar a mala do bebê... – Deita-se por cima dela, de leve, se apoiando nos braços. – Nã... – Morde o lábio inferior.
S: Tem certeza que nã... – Stenio nem consegue terminar a provocação, pois Helô o puxa pelo colarinho e beija-o com urgência.
Os beijos vão ficando cada vez mais fortes e ardentes. O nervosismo some. Ali só existia paixão e desejo. O mundo havia sumido, as preocupações também, dando espaço para a intensidade dos beijos que trocavam. Stenio sabia cada ponto que deixava sua mulher mais entregue, ele adorava vê-la se arrepiar, derreter. Helô tentava se manter firme, não queria perder sua fama de mau, mas nem sempre conseguia. Ela deixa escapa um grande sorriso de satisfação, ele o vê e ri.
H: Tu vê tudo, né? – Ele, ainda sorrindo, confirma. Ela passa por cima dele – A gente não pode descuidar com você, né Stenio? – Dá um sorrisinho safado e a beija.
De repende Creusa aparece na porta, que estava aberta.
C: Donelô! Donelô! Acude que a criança va... IU! – Ao ver os dois namorando, ela se vira de costas e tapa os olhos – Eu não vi nada! – Os dois caem na risada.
S: OÔO... Creusa – Stenio reclama, prendendo o riso. - O que aconteceu agora?
H: Pode virar, Crusita. A gente tá vestido mulher... – ri, corada de vergonha.
C: D. Helô, D. Stenio. Se preparem, pois o Pepeu ligou e disse que não deu para esperar. A menina Drika sentiu as contrações lá no shopping e ele levou ela pro hospital!
Os dois se olham e pulam da cama, eufóricos, e seguem para o hospital...

Drika sentia muita dor. As contrações eram fortes e a dilatação já estava exata para o parto. A garota, mimada do modo que era, reclamava todo instante das dores, do bebê apressado, dos pais que ainda não haviam chegado, do médico que não começava o parto e tudo que lhe passava pela frente. De repende Helô entra na sala de cirurgia.
D: Mãe? Cadê o Pepeu?
H: Filha... – Se emociona ao ver a filha ali, naquelas condições. Logo seria mãe e deixaria de ser sua pequena princesa. – Ele nãoa aguentou ver o sangue da foto da porta...  – Ela ri. – Tu foi arrumar um marido muito mole, além de todo o resto...
D: Não começa mãe... – sente mais dores – O Pepeu ta sendo um ótimo pai. – Helô joga os olhos para cima, rejeitando a informação. – Mãe... – Pega a mão dela. – Que bom que você ta aqui... – Se emociona. – Ninguém melhor que você para dividir esse momento comigo.
H: Drika – Ela chora horrores – Você acaba com a sua mãe desse jeito. – Drika ri do drama da mãe, mas se emociona bastante também.
Após todo o choro, o parto começa. A equipe médica é toda cuidadosa com Drika. Helô tira fotos e apoia a filha, a final ela não havia escolhido um parto normal, aconteceu. Assim que o bebê nasce, Drika sente um grande alívio, acompanhado de uma grande emoção. Helô o toma nos braços e o carrega até a mãe, muito emocionada.
H: Ele é lindo! – O deita sobre a mãe – Parece muito com você, filha. Nem to aCREditando...
D: Mãe... – Chora e ri. – Ele parece muito comigo mesmo! – Lindo, lindo, lindo.
H: É como se o tempo voltasse e você estivesse aqui na minha frente, pequeninha...
A enfermeira chega e diz que tem que levar o bebê. Drika não permite no começo, mas Helô a convence. Todos os procedimentos seguintes passam rapidamente e elas vão para o quarto. Enquanto isso, Stenio e Pepeu babavam no vidro da maternidade. O bebê era realmente lindo, grande e esperto.
P: Parece comigo, não é sogrão?
S: Deus me livre! Ele parece é comigo! Com o vovô aqui, não é meu lindo?
P: Não, comigo.
S: Não viaja moleque... – Helô aparece atrás dos dois.
H: Não viajem vocês! Ele é a cara da Drika. Muito lindo, pequenino de vovó! – Todos brincam no vidro. – Vamos? A Drika já está no quarto.
S: Você deixou ela sozinha, Helô? – Se espanta.
H: Ela está dormindo. E a enfermeira está lá com ela.
Chegando ao quarto, todos comemoram junto a Drika. Alguns minutos depois o bebê chega. Ele vestia um macacão azul com um bordado escrito “Sou do vovô”.  Helô olha para Stenio e aperta os olhos, o mirando, mas logo depois começa a rir. Stenio se empenhava muito em concorrer com Helo, para ver quem mimava mais o neto.
D: Ai pai... só você mesmo...
P: Acho maneiro isso, mas deveria ser papai né? – Rindo para o filho.
H: Não! Vovó! – Imitando a voz de neném.
S: Fui mais rápido! – Faz biquinho para o bebê.
D: Vocês, hein? Tão parecendo um bando de malucos com essas caras... – ela ri.
S: Drika, filha, e o nome?
H: Filha, você disse que iria ser uma surpresa, mas até agora... nada.
D: Ta certo. Vou dizer... É... Tan tan TAM...
H: Fala logo!
D: Pedro.
S e H: Pedro? – Se emocionam sincronizadamente.
D: Sim. Eu me lembro de ter escutado, muito pequena, que vocês queriam ter outro filho e colocariam esse nome. Mas logo depois vocês se separaram e...
P: Não vamos falar disso agora, gata. O Pedrão quer mamar.
H: Filha, que lindo.
S: Obrigada, meu amor. Me deu até vontade de ter outro filho... – Vira para Heloisa. – O que acha, Helosinha?
H: Stenio, tu bebeu. Tá maluco. Já basta essas três crianças para cuidar não?
P: Três?
H: Você, Drika e Pedrinho de vovó. – Todos fazem bico, mas acabam rindo.
Toda felicidade daquele momento se segue durante muito tempo. Aquela criança trouxe muita luz e aproximou ainda mais a família. Drika e Pepeu amadureceram em 9 meses, o que não haviam amadurecido a vida toda. E Helô e Stenio aprenderam a conviver melhor (sem deixar as maravilhosas e prazerosas briguinhas de lado). Agora eram uma família completa. Exalavam harmonia e amor.
Assim que saem da sala, Stenio tenta mais uma vez.
S: Meu amor. Somos uma família tão linda. – Se ajoelha. – Me deixa fazê-la completa também? Casa comigo outra vez? – Lhe mostra um anel – Eu não consigo mais viver sem gritar para o mundo que te amo, que você é minha mulher!
H: Stenio...
S: Por favor... Nós estamos tão bem... Eu quero te ter como esposa, eu te prometo que não vou mais cometer os mesmos erros. Eu te amo muito, eu...
H: Stenio! Pow! Deixa eu responder!
S: Desculpa, me empolguei... - A delegada pega o anel, o coloca no dedo, ajuda o advoga a se levantar e o olha com um leve sorriso no rosto. – Isso foi um sim?
H: Claro, Stenio! – O puxa e morde seu lábio, depois vira-se e segue andando rapidamente em direção a saída.
S: Helô, vai me deixar aqui assim? – Ela vira com um sorriso safado, para e fala baixinho.
H: Já aceitei me casar com você, não vamos comorar? – Corre e ele vai atrás rindo apaixonadamente feliz. Agora tudo estava perfeito e completo!

Rayssa Vasconcelos

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fanfic Steloisa #10

Os dias se passam lentamente, praticamente se arrastando. Helô cada vez mais mergulhada nas investigações e nas compras. Stenio passava o dia todo em seu escritório e a noite trancado em casa. Todos já haviam percebido o comportamento estranho dos dois, mas não adiantava nem comentar sobre, pois eles sempre recuavam ou mudavam de assunto. Claro, porque doía, e muito, em ambos, e fugir era uma possível solução. Isso começou desde que Helô expulsara Stenio de seu apartamento.
Haroldo, que era acostumado a sair pós expediente com seu fiel companheiro Stenio, estava sentindo falta do amigo sempre empolgado e resolve interferir, mesmo que tenha que levar uma bronca novamente por tocar no “assunto proibido”. Ele entra na sala do sócio, já era noite alta, e já não estranha mais sua presença àquela hora.
Ha: Stenio, cara, não aguento mais de ver assim. Eu sei que você e a Helô estavam bem ,mas...
S: Não, não, não, não Haroldo. Não começa.
H a: Eu vou falar sim. Eu sou seu amigo, você precisa me escutar. E escuta até o final – Stenio bufa, mas, desta vez, resolve escutar o amigo. – Quando vocês se separam, à 10 anos atrás, você logo reagiu. Sei que desta vez é diferente, porém você não pode ficar neste estado. Olha para você! Barba para fazer, cabelo bagunçado... Cadê aqueles espelhos todos que tinham na sua sala?
S: Ah Haroldo. Para quê eu vou me arrumar agora?
H a: Não vem com essa. Mesmo antes de conhecer a delegada, você já era vaidoso. Sempre foi! Vai. Levanta desta cadeira, vamos até seu apartamento. Você precisa reagir. Quer reconquistar a delegada? – Ele concorda com a cabeça e um olhar de “lógico” - se arruma e nós saímos.
S: Mas a Helô vai estar lá?
H a: Não sei. Encontrei a Maitê um dia desses e ela me disse que a delegada não sai mais da delegacia. Não sai mais de casa.
S: Ela ta tendo a vida que sempre desejou, então.
H a: Stenio, só por hoje, não pensa amargo ou tristemente no seu caso com a Helô. Esquece. Ok? Agora vamos! Eu quero ver se a Rosângela vai estar lá- Stenio, agora com um pouco de ânimo segue o plano noturno de Haroldo.
Em casa, enquanto se arruma, Stenio fica alguns minutos encarando-se no espelho. A visão era de um homem derrotado, triste, sem vida. E era como realmente estava, sem sua vida, sem sua Helô. As lembranças veem em sua mente como um tsunami e fazem doer sua cabeça. Ele, agora cabisbaixo segue para o guarda roupa. Pega o terno que a Creusa havia deixado separado e caminha até outro espelho. Neste momento tem um flash back da ultima noite que usou aquela roupa: “Em um restaurante, ele e Heloisa conversam. Ele parece muito preocupado e ela curiosa. Até que ele solta a faísca e ela explode pela besteira que os levaram até ali. Ele só precisava saber se continuava gato. Ela fica furiosa por ser a cobaia da noite e sai do lugar. Na rua eles brigam e até uma viatura aparece para separá-los”. Ele ri nostalgicamente e resolve reagir.  O advogado, então, respira fundo, levanta a cabeça e vai para a festa com o intuito de reconquistá-la.
O desfile ainda não começara. As pessoas estavam chegando animadas e curiosas. Stenio e Haroldo entram e cumprimentam Antonia. Stenio, nervoso, nem disfarça a ansiedade em ver Heloisa. Pergunta logo se a delegada iria aparecer, que horas... Antonia até percebe o extremo interesse do advogado e sorri.
A: Eu mandei o convite, Stenio, mas ela não me respondeu. Nós estamos passando por uns probleminhas. Você sabe como está minha situação. Aqui é só um bico, já que a minha agência teve que fechar, né? – Ela fala preocupada. Stenio tenta tranquilizá-la com palavras positivas e logo depois abraça-a e sai.
Da porta, logo se percebe alguém com muito interesse neste abraço (e não era Carlos, nem Celso). Heloisa chegara, junto à Barros e Ricardo (estavam ali para investigar o envolvimento da empresária com os negócios de Lívia). Ela fica meio desconfortável com o que viu. Ela não sabia que Stenio estaria ali. Barros logo percebe e depois de cumprimentar Antonia, eles conversam acomodados em uma das mesas.
B: A senhora não espera ele por aqui, não é Doutora? – Helô, que estava tentando disfarçar desde a hora que chegara e se surpreende com a percepção do colega.
H: Eu... eu... Não Barros. Mas não é tão tão inimagiNÁvel. A final ele conhece a Antonia. E pelo jeito, conhece cada vez melhor – A ultima parte ele apenas sussurra para que Barros não ouça.
O desfile começa e todos estão encantados. Por coincidência (ou destino) Helô e Stenio estavam nas primeiras filas opostas, um de frente para o outro. De vez em quando os olhares trocados eram inevitáveis e eles estavam cada vez mais nervosos.
Ao término do desfile os policiais terminam as investigações e resolvem sair, mas Helô prefere não ir, inventa uma desculpa que vai conversar mais um pouco com a Antonia e eles se vão. Na verdade a delegada só queria ficar mais um pouco sozinha para viver sua solidão. – OH NÃO, Heloisa! – Helô acaba se lembrando que não estava de carro e agora nem carona tinha mais. Não tinha, pois alguém, que estava passando ao seu lado, escuta sua reclamação e resolve puxar conversa.
S: Oi. – Se enche de coragem e parte para cima
H: OOOi... Stenio. Tudo bem? – Se assusta com o “alguém” que encontra.
S: Sim, caminhando, e você?- A coragem parecia ir embora aos poucos...
H: ÓÓtima – mentira! – Muito trabalho na PF... – disfarça.
S: Que bom... Afinal sempre foi seu sonho, todo este trabalho. – E se foi por completo.
H: Eu senti um tom meio irônico na sua voz, Stenio. – Ela começa a briga – O que é que você tá querendo dizer com isso? Fala.
S: Nada Helô. Deixa de ser assim, tão tão... – Resolve arriscar até o ultimo fio de coragem que tinha.
H: Tão tão o que? – Fica com um pé atrás.
S: Tão Helô! – Ele a faz rir – Cadê os outros policiais?
H: Já se foram – Agora o clima estava mais sereno.
S: Você tá de carro? Não... Imagina – Ele pensa em desistir de tudo – Imagina se você vai aceitar minha carona, ou sei lá...
H: Não! – Fala firme, alto e com vontade de ir com ele. – Eu não estou de carro. E acho que até posso aceitar a sua carona. – Ele sorri estonteantemente e ela gosta do que vê. – A final eu não vi nenhum taxi e todos já foram embora... – Ela sorri também.
O caminho até a casa da Delegada nunca foi tão longo para aqueles dois. Palavras não eram mais trocadas e isso incomodava-os, mas permaneciam assim. De tempos em tempos se ouviam suspiros e olhares discretos se encontravam. Mas nada mais que isso.
Chegam, enfim. Helô agradece a carona e pede desculpas pelo incomodo. Stenio, ama ser prestativo (ainda mais para sua amada) e fala que não há problema nenhum, mas ela insistia. Para ela, estar ali, conversar com ele (nem que seja na enrolação de um pedido de desculpas desnecessário era maravilhoso). Ela fica meio sem jeito ao sair. Não sabia se dava um beijo em seu rosto, se apenas um abraço bastaria, ou o nada. E foi este o escolhido, o nada.
H: Bom, obrigada e desculpa de novo. – Vai abrindo a porta do carro – Agora eu já vou. Boa... – Tenta sair do carro, mas sente ser puxada pelo braço. – O que foi, Stenio? – Eles passam alguns segundos apenas se olhando, tentando decifrar o que passava na mente um do outro.
S: Eu só queria de dar um beijo – Ele se aproxima dela, ela se arrepia, ele faz que vai na boca, porém dá um beijo carinhoso na bochecha . – Ele sorri feliz e ela retribui o sorriso, nervosa.
Helô fica com medo. Sempre acontecia. Heloisa constantemente se sentia insegura, principalmente perto de Stenio, não estava acostumada a expressar seus sentimentos e, muitas vezes, nem gostava. Ela se apressa e sai do carro. Ao chegar à portaria ela se vira. Stenio ainda a olhava do carro, ela sorri para ele e acena. Como uma jovem que acabara de se apaixonar, ela entra no elevador e fica cantarolando. Já em casa é recebida pela cupido, quer dizer, empregada.
C: Que sorriso bonito, D. Helô. Aconteceu alguma coisa? – A patroa nem percebe a presença de Creusa e continua em seus pensamentos românticos. – D. Helô!
H: Que susto, Mulé. O que foi? – Creusa repete a pergunta – Que Mané sorriso? E eu to com sorriso bonito nenhum? Não aconteceu nada – Mente. Mas Creusa não fica satisfeita, queria muito saber o que acontecera.
C: Ah é? Quem veio lhe trazer? Foi o seu policia foi? – Investiga - Eu to vendo um carro ainda lá embaixo... Tá lhe esperando voltar é? – Helô não acredita no que houve.
H: Carro? Lá embaixo? Ele ainda tá La? INACRÊ – Corri para a janela e comprova o que foi dito por Creusa era verdade. Stenio estava lá, ao lado do carro, segurando uma rosa, com um sorriso puramente apaixonado. – O que você tá fazendo aí? – Ela grita.
S: Quê? – Ela Repete - Eu resolvi que não vou desistir de você – Ele grita também – Eu te amo!!
H:Quê? – Ele grita cada vez mais alto - Você é louco!
Os vizinhos de Helô aparecem nas janelas do prédio e reclamam do barulho àquela hora da madrugada. Ela gargalha e fica constrangida.
H: Sai daí, Stenio!
S: Como?
H: Sai daí!
S:Não! Eu sou louco por você! – Abre os braços – Eu sou completamente louco e apaixonado por você! Volta para mim?! Eu te amo! – Se ajoelha – Volta, Helô!?
Vizinhos: Aceita logo moça, eu quero dormir!
H: Não consigo te escutar direito – Mentira! Ela só queria que ele subisse. Ela ri bastante.
S: Que? Vem até aqui! – Na verdade ele queria leva-la para longe, onde os dois pudessem ficar a sós e esquecer o resto do mundo.
Stenio resolve subir, só que no mesmo instante Helô tem a mesma ideia (só que de descer). Cada um pega um elevador e “invertem posições”. Chegando ao apartamento de Helô, Creusa fala, rindo, para ele dar uma olhada pela janela. Ele olha e gargalha. Helô estava lá, com uma cara de delegada brava, mas que ria de se acabar.
H: O que você está fazendo aí, homem? – Com as mãos na cintura
S: Eu subi para te ver! Por que você desceu? Eu vou ai. – E sai.
H: Quê? Não pera! Eu vou até ai.
Iiiiiii ... Os dois novamente não se encontram e Helô se inrrita.
H: Ô meu querido, você tá de brincadeira né? – Fala da sacada de seu apê
V: Vocês podem parar com essa palhaçada aí embaixo?
S: ô, você fica quieta aí, que eu estou tentando reconquistar minha esposa.
V: Fica quieto você! Eu quero dormir!
H: Esposa? Eu não ouvi direito, né? Você está Literalmente fora da casinha. – Eles riem e decidem se encontrar, ou tentar.
Mas desta vez eles ganham um reforço. Creusa liga para o porteiro e manda ele segurar o elevador, não deixar ninguém entrar. Neste momento Helô já está descendo. Stenio briga com o porteiro para subir, mas é impedido. Ele não entende e insiste, até que tem uma visão maravilhosa. As portas do elevador ao lado abrem e Helô sai completamente alterada.
H: Eu não to aCREditando nisso... Stenio! – Esbarra, com o ex, que estava fugindo do porteiro. – Finalmente, vamos conversar civilizadamente no lugar certo? – Ele concorda com a cabeça e entra no elevador.
O apartamento de Helô era no 10º andar e dava muito tempo para conversar. Sozinhos... Num lugar pequeno... Uma bossa nova ao fundo... Tudo parecia propício para um momento romântico que tanto estavam imaginando naquele momento. Mas apenas existia o silêncio. Stenio percebe que a respiração de sua amada estava altera, logo o pulso também.
S: Está nervosa?
H: Nãão. Por que estaria? – Disfarça muito mal. – Afinal acho que não tenho motivos... Afinal nós estamos subindo apenas para conversar... Afinal somos separados... Afinal não aconteceu nada de...
S: AFINAL EU TE AMO! – Ele a puxa pela cintura e tasca-lhe um beijão. Intenso, forte, cheio de amor, carinho e desejo. Os beijos vão ficando cada vez mais quentes e eles esquecem onde estão. De repente o elevador para no 8º andar e uma menininha presencia a cena. Ela fica de boca aberta e eles desconcertados. A delegada se assusta e vira de costas, com muita vergonha, tapando os olhos com as mãos
S: Desculpe garotinha, mas este elevador tá ocupado. Pega o outro, tá? – Ele fecha a porta e solta uma gargalha, se aproximando novamente.
Assim que o elevador abre Helô sai correndo, passa por Creusa sorrindo e vai para seu quarto. Stenio passa logo em seguida.
S: Creusinha, vamos conversar lá no quarto mesmo. Boa noite – Dá um beijo na bochecha dela e segue Helô.
C: Conversa... Sei... Pois sim... Boa noite! – Comemora e se retira.

A noite fica cada vez mais linda, romântica, quente. Eles se divertem e satisfazem-se. A cada toque, cada beijo, cada palavra trocada um novo arrepio, um novo prazer. Ambos se sentiam novamente felizes e completos. A vida só tinha sentido se estivessem juntos. Pois nem o trabalho dos sonhos poderia ser mais satisfatório quanto estar ali, nos braços de seu amor. A noite logo se passa, mas eles não param de se amar... Se amaram de manhã, de tarde, de noite, o dia inteiro, a vida inteira, e isso ninguém nunca poderá duvidar ou esquecer, nem mesmo eles.

Rayssa Vasconcelos

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #09

Passaram-se 2 meses, desde que Helô prendera a quadrilha de trafico humano. Ela está muito feliz com sua família, principalmente agora que será vovó. Apesar de, no começo, achar uma gigantesca irresponsabilidade do casal problema, ela terminou amando a ideia de um novo integrante na família. Cada dia que passa tudo melhora. Ela está fazendo tratamento para sua compulsão, está integrada em um novo caso na PF e está cada vez mais envolvida com Stenio. Ah... Stenio. O culpado por 95% de toda sua felicidade. E isso só iria aumentar daqui por diante. Eles planejavam se casar novamente, mas beeeeeeeeeeeem lá para frente. Pois Helô amava viver em “fase de testes”.
Em uma tarde chuvosa Stenio vai buscar sua “namorada” no trabalho, já se passavam das 17hs e ela estava pronta para sair, quando Ricardo chega com uma informação sobre o novo caso. Eles ficam conversando durante 20 minutos. Stenio, que esperava no estacionamento, resolve entrar.
S: Helô, ta chovendo tanto lá fora que eu resolvi te esperar aqui dentro mesmo – O advogado fica perplexo com a cena que assisti. Helô estava sendo segurada por Ricardo. Ela de costas para Stenio  e Ricardo bem próximo de seu rosto. – Mas o que é isso? – Ele pensa que ela estava o traindo, finalmente o policial tinha vencido, seu coração dói profundamente.
R: Stenio, não é o que você está pensando...
S: Frase clássica, Ricardo. – Ironiza. – Até eu já usei essa ai... – Ele vai saindo da sala, quando Ricardo grita:
R: Stenio, por favor! Ela está desmaiada! Entenda! – Stenio corre para pegar Helô. Era verdade, ela não parecia bem.
Eles a levam para o hospital mais próximo e ficam a espera do médico, na recepção. Passa-se 1 hora sem nenhuma notícia. Stenio fica muito preocupado, pois já havia percebido que ela não estava bem faziam alguns dias. Mas como Helô era teimosa, não queria procurar médico nenhum. Ricardo também já estava por dentro dos mal estares da colega de trabalho e resolve esperar o resultado. O doutor chega.
D: Acompanhante de Heloisa Sampaio.
S e R: Sou eu! – Os dois se levantam. Stenio o olha com raiva e ciúmes e Ricardo fica desconsertado.
S: Que você o quê? O marido sou eu! Hum...
R: Desculpa, Stenio, foi um impulso....
D: Bem... Não se preocupe, senhor....
S: Stenio Alencar – Aperta a mão do médico – Marido dela, prazer...
D: Stenio. A sua esposa está bem. Ela teve uma queda de pressão. Pelo que conversamos com ela, ela não tem se alimentado bem ultimamente e isso não ajuda no estado que ela se encontra.
S: Como assim, Doutor?  Que estado?
D: Ué... Estou falando da gravidez... O senhor não sabia?
R e S: Grávida?
S: Dá para você parar? – Olhando para o policial. – O que você ainda ta fazendo aqui ?
R: Stenio, eu precisava saber se ela está bem. Helô é minha companheira... – Percebe que a palavra usada não é bem recebida – minha colega de trabalho. Todos na PF ficaram muito preocupados com ela.
S: T certo, me desculpe, mas agora você já viu que ela está bem, ótima... Obrigada por ter vindo, mas agora é um momento de família. – Ricardo vai embora, não estando muito feliz pela expulsão.
S: Desculpe-me doutor, mas esse cara passa o tempo todo dando em cima da minha mulher e agora eu... PERAI DOUTOR! – Altera a voz, caindo a ficha – MINHA MULHER TÁ GRÁVIDA?!?!
D: Sim, foi o que eu disse.
S: MEU DEUS! QUE NOTICIA MARAVILHOSA! – Levanta as mãos para o céu – E quando eu posso vê-la?
D: Agora mesmo, ela está no quarto.
S: E ela já sabe?
D: Ainda não. Ela dormiu, por causa dos medicamentos. Quer dar a noticia?
S: Sim! Muito! Obrigada – Stenio sai correndo para o quarto que Heloisa se encontrava.
Ele entra, devagar, percebe que Helô ainda dormia. Fica olhando para seu rosto sereno e belo. Sentia uma vontade enorme de abraça-la com força, de agradecê-la  por fazê-lo o homem mais feliz do mundo, novamente. Mas preferiu espera-la acordar.
H: Stenio... – Diz acordando. – Stenio... Você tá aí? – Stenio, que estava cochilando na cadeira ao lado, se levanta.
S: Sim, meu amor. Estou aqui. – Ela sorri e segura a mão dele. – Você ta melhor? Que susto eu tomei, meu amor.
H: O que aconteceu?
S: Bom. Eu fui te buscar na PF e te vi caída nos braços do Ricardo. Me desesperei, pensando coisa errada, mas depois vi que era pior. Sua pressão caiu e médico teve uma conversa séria comigo. – Helô fica tensa, achando que tinha alguma doença grave. – Por que, Helozinha? Por que você não se cuida? – Ele piora a tensão – Meu deus... Você precisa me escutar... Precisa ir ao médico...
H: Stenio! Fala logo o que eu tenho! Você está me deixando louca! Pow! – Ele ri, mas tenta disfarçar. – FALA! – Se aproxima dela, alisa seu rosto, com um ar preocupado e fala:
S: Helô, meu amor... Você passou por vários exames, todos estávamos muito preocupados com você. Cada dia que passava você aparecia com um sintoma diferente e nós não víamos o que estava na cara...
H: Ai meu deus... Stenio. Desembucha!
S: Enjoos, tonturas, muita ansiedade, desejos... – Ela fica pensativa e depois arregala os olhos – Sim, meu amor. G-R-A...
H: V-I-D-A-! Grávida! Meu São Jorge! Não pode ser? Como pode ser? – Ela fica incrédula
S: Quer que eu te explique mesmo? – Fala algo no ouvido dela e ela ri, afastando-o.
H: Stenio, seu safado! Eu sei disso tudo... Mas uma criança, Stenio? A essa altura do campeonato? Não sei ... – Segura a mão dele.
S: Helô. Você me fez o homem mais feliz da face da terra outra vez.
H: Nós vamos ser avôs e pais ao mesmo tempo? Stenio... – Seus olhos se enchem de lagrimas e ela não sabe mais o que dizer... e nem precisou. Stenio segurou suas mãos e deu toda a força que ela precisava naquele momento, logo depois foram para casa.
Chegando lá, Helô ficou o resto da tarde em seu quarto e Stenio desmarcou todos os compromissos para continuar junto de sua amada. Creusa Não parava de enchê-los de mimos, estava muito feliz com a notícia. Leva para o quarto uma enorme bandeja para lancharem.
C: Agora ta mais que na hora de vocês casarem de novo, né D. Helô? – Pisca para Stenio.
H: Owowowow! Eu vi essa piscadinha, hein? Vamo parar com este complô ai, hein? Não me pressionem, não faz mal para o bebê – Ela brinca e todos riem.
S: Eu ainda consigo Creusita. – Eles batem as mãos e Creusa se retira. – Ela torce por nós, Helô.
H: Eu sei. Ela é a culpada disso tudo aqui! – Eles se beijam e comem e se beijam novamente, e passam a tarde assim...
O tempo passa, agora Helô está com 6 meses. Com a barriga já aparecendo, Ricardo a exclui das operações de campo, ela permanece apenas nas investigações no escritório da PF, o que não a deixa nada satisfeita. Porem hoje é um dia especial e ela resolve não brigar com Ricardo por este assunto. Ela vai para casa se arrumar. O dia é de festa, casamento de Theo e Morena.
H: Creusaaaaaaaaaa! – Grita e logo a empregada aparece junto com Stenio.
C: O que foi D. Helô?
S: Minha nossa senhora, aconteceu alguma coisa?
C: Foi o bebê?
S: Vai nascer? Vou ligar pro hospital!
C: Vou pegar a mala.. Mas não ta muito cedo não? Oxi... Ave Maria – Os dois correm pela casa e Helô não consegue dizer nada, apenas rir.
S: Você tá rindo? – Respira e tira o telefone do ouvido – O que acontecendo, Helô?
H: Ai meu Deus... Você são INACRE. – Ela põe as mãos no rosto tentando parar de rir. – Não é nada com o bebê, desesperados.
C: O que foi, então, mulé?
H: Creusa, cadê aquele meu vestido preto? Aquele que tem só uma alça?
C: Ave Maria... Ta no seu guarda-roupa, D. Helô!
S: Essa gritaria toda, por causa de um vestido? – Ele bufa e se joga na cama.
H: Eu quero estar bonita para o casamento da Morena, a final somo os padrinhos, esqueceu? – Se aproxima da cama.
S: Claro que não esqueci – se ajoelha na cama, ficando frente a frente com ela. – Eu acho você linda de qualquer forma.
H: Até em forma de balão? Como eu to agora? – Ele a olha de cima à baixo e ri.
S: Até em forma de balão! – A envolve e dar-lhe um beijo no pescoço, deixando arrepiada.
H: Ai Stenio... – Volta a si - Não ache que eu engoli. – Vai para o closet e pega o vestido, mas tem dificuldade na hora de vestir. – Stenio, me ajuda aqui! Da difícil de entrar! Ai.
Stenio a ajuda, o vestido fica um tanto apertado, mas ela insiste em ir daquela forma mesmo. Eles chegam ao casamento, Helô quase não respira, apertada na roupa. Todos elogiam o barrigão e eles ficam muito felizes. Drika chega com seu filhinho no colo e Stenio o enche de paparicos e manhas. Deixando Heloisa encantada com a cena.
O casamento se passa, magicamente belo. A igreja de São Jorge estava toda enfeitada. Morena e Theo pareciam muito felizes. E passam esta felicidade para os convidados.
Na festa, que acontece na casa de D. Áurea, todos parabenizam o casal. Stenio dá um presente para Theo em um envelope. Ele abre, ansioso e fica muitíssimo feliz. Era um contrato de patrocínio do escritório.
T: Muito obrigado, Doutor.
S: Eu sou o padrinho, não é? O presente tinha que ser a altura. – Eles sorriem e comemoram.
Na metade da festa Helô se sente um pouco enjoada e pede para sair. Do lado de fora, em um banquinho de braça, Stenio e Helô conversam. A lua estava cheia e o céu recheado de estrelas. Ele fazem juras de amor e planejam o futuro com o próximo fruto que viria em breve. Muito felizes, eles estava, mas começam a brigar, como de costume...
H: Ai não, Stenio, não começa com isso.
S: Começo sim! Finalmente consigo tirar o Ricardo do nosso caminho, fazer você confiar em mim, por a Drika nos trilhos e mesmo assim você não casa comigo! Poxa...
H: Ai... Stenio... – fala manhosa – Você tá me aperreando... – Alisa seu rosto e faz biquinho. – Você sabe que isso não faz bem paro o nosso bebê... – morde o lábio, o excitando.
S: Helô, a gente ta no meio da rua, não faz isso comigo... – Ela continua a provocação, dando pequenos beijinhos no pescoço do advogado – Você não quer? – Morde sua orelha, fazendo-o arrepiar e ceder a tentação.
Stenio a agarra com fervor. Beija a delegada ali mesmo, um beijo molhado, quente e muito demorado. Trocam caricias cada vez mais intensas, até que passam uns adolescentes e zombam do casal.
A: Iiii olha o tio poderosa pegando a grávida. Que pegada, hein tio?
Helê, mesmo muito envergonhada, não consegue parar de rir. Stenio não acha anta graça, não pelo constrangimento do amasso em praça pública, mas sim pelo “TIO”. Ele decide ir embora, bravo.
H: Ai Stenio. Deixa de ser bobo. – Não querendo levantar – Isso pode até ser um elogio – Não para de rir – Afinal você não é tio, é avô! Rá! – Ele faz um bico e tenta puxá-la para o carro. – Não, Stenio! Não me puxa, o vesti... – Tarde demais! O vestido de Helô rasga bem na parte de trás e agora quem ri é ele.
S: Desculpa, Helosinha. – Cai na gargalhada, vendo o estrago que fez. – Eu esqueci da situação do vestido mega apertado – Ele continua a rir, mas Helo, muito brava não consegue ter nenhuma reação, estava em choque.
No meio da rua, com o vestido todo aberto atrás e ainda com Stenio rindo sem parar, Heloisa tem uma crise de nervos e começa a bater no advogado, chamando a atenção dos mesmos adolescentes que haviam passado antes. Eles agora riam de Helô e ela se esconde atrás de Stenio. Totalmente constrangidos, eles vão para casa, sem se despedir de ninguém da festa.
Chegando em casa, a briga continua...
H: Olha o que você me fez! – Ela tira o paletó que estava lhe cobrindo e mostra o estrago, olhando-se no espelho. – Stenio, eu vou te matar – Corre atrás dele no quarto, mas  advogado foge. – Vem aqui, Stenio, eu vou te pegar! – Ele se vira e a pega com vontade.
S: Não! EU te peguei. – Desce as mãos pelas costas dela, ela se derrete. – Você é minha – Ela fecha os olhos para sentir a as caricias cada vez mais fortes – Eu sei que você adorou a aventura de hoje – Ela ri, meio brava. – Mas saiba que ainda tem mais... – Stenio puxa o tecido do vestido de Helô e termina de rasgá-lo. Ela solta um gemido, se assustando e podendo em fim respirar.
O resto da noite é toda assim. Entre tapas, beijos e muitas outras caricias eles se amam. Intensos, cheios de amor, sem medo. E no meio de tantos sentimentos, ele arrisca:
S: Casa comigo? – sussurra.
H: Eu estava louca para ouvir isso outra vez... Por que demorou tanto para perguntar novamente? – entre mordidas e arranhões.
S: Isso é um sim?

H: Não! É um COM CERTEZA...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #08

Stenio e Heloisa estão vivendo um período de paz. Mesmo não estando mais na “fase de teste” ele ainda tem recaídas. Às vezes um beijo, às vezes um vinho. Tudo muito natural, sem cobranças ou seriedade, até porque eles não estão tendo tempo para isso. Suas vidas estão no meio de um fogo cruzado. Helô com todos os problemas da PF, Morena e Drika ainda ganhou outro peso para carregar. Peso este que Stenio vive dentro de sua própria casa. Este “peso” tem nome, é o caso da Aisha.
Berna e Mustafá não sabem mais o que fazer para conformar a garota, que sonhou a vida toda em conhecer a família biológica, mas não ficou satisfeita com a da favela. Tudo que a menina turca mais odiava era aquele ambiente, aquele tipo. Porem o destino falou mais alto e deu-lhe um golpe. Cabia a Helô ajudar, afinal ela que tinha estourado aquela bolha de mentiras que Berna fazia questão de proteger, junto com Wanda.
Com tantos problemas, eles só pensam em soluções soluções soluções. Nem as investidas diárias de Stenio estão acontecendo mais. Entre tanto eles contam com uma madrinha que mais ninguém tem igual. Creusa!
A empregada, sempre preocupada com o casal de patrões, resolve dar uma forcinha, pois andava meio displicente neste quesito “cupido de ser”. Ela conversa um pouco com a patroa, que nem dá bola para seu papo de “deixar de pensar no outros e pensar em não ficar mais sozinha”  ou “não deixar o D. Stenio escapar novamente”, coisas do tipo.
H: Creuza, tu fala demais, mulé! – Era só o que a delegada respondia, cortando e encurtando o papo.
Mas Creusa é porreta e não deixa por menos, resolve fazer uma surpresa.
Já se passam das 23hs, quando Helô e Stenio chegam em casa. Eles haviam saído para ajudar Berna e Mustafá a procurar Aisha. A garota havia fugido após ouvir a discussão dos pais. Os dois casais passaram 3 horas procurando-a, mas nada adiantou. Mustafá prestou queixa na delegacia, com a ajuda de Helo, mas a polícia só podia agir com 24 horas de desaparecimento.
Após tranquilizá-los, afinal Aisha já é maior de idade, Stenio e Helô voltam para o apartamento. Stenio vem dirigindo o carro.
S: Helô, você acha que a Aisha pode ter ido lá pro Alemão?
H: Acho muito pouco provável, Stenio. A Aisha não estava suportando estar lá, ficar lá. Imagina se refugiar lá... Mesmo assim, não sei, vou ligar para a Lucimar. Ela pode me responder com mais calma. – Helô pega o celular – Alô, Lucimar? Você está bem? E a Jéssica? Tudo calmo por aí?
L: Ta tudo na paz D. Helô. A Jessica ta dormindo como um anjinho. Ta tudo muito tranquilo, estamos todos aqui em casa. Eu, Neuma, Junior e a Delzuite. Ela ta to feliz, D. Helô. Tá até mandando um abraço pra senhora.
H: Ah! Ela tá aí, é? E ela não recebeu nenhuma visita não? Aham... Aham... Ta certo. Não, não, nada.  Eu só liguei para saber como vocês estão mesmo. Beijo. – Helô desliga o celular e concretiza sua ideia que Aisha não iria para o Alemão. – Os dois seguem para casa, conversando sobre o acontecido.
Ao chegarem estranham a casa totalmente escura. Helô liga a luz do abajur e saca um bilhetinho de Creusa.
“D. Helô, Marquei com a Niucéia para irmos a gafieira. Se lembra que a senhora tinha dito que deixava eu ir, qualquer dia desses? Pois sim. Eu deixei tudo prontinho. Janta que o D. Stenio mais gosta. Seu vinho preferido. Bolinhos de queijo e o quarto ta todo cheiroso. Agora a senhora me deixe D. Stenio escapar de novo ,viu? Vixi. Xero, Creusa.”
Após o término da leitura, Helô cai na gargalhada. Stenio fica sem entender até roubar o bilhete da mãe da ex, que sai correndo atrás dele, mas não consegue impedi-lo de ler e rir também. Eles acendem o resto das luzes e veem a super  produção da empregada.
Haviam velas aromáticas por toda a casa. Helô ascende algumas e se senta para jantar. A comida ainda estava quentinha, sinal que Creusa acabara de sair. Stenio põe uma músiquinha leve e se senta ao lado da sua amada.
Eles jantam tranquilamente. O clima estava tão bom, que esquecem da noite estressante que tiveram. O pato com laranja estava uma delícia e o vinho, raríssimo só abrilhantava mais ainda a noite. Todavia aos olhos de Stenio, nada era mais brilhante e maravilhoso quanto Helô. Calma, relaxada, sorridente. Daí sua ficha cai e ele se lembra que precisa voltar a investir na relação dos dois. Ele passa sua mão por cima da mão dela, que estava posta sobre a mesa, fazendo carinho.
S: Estava tudo delicioso, não foi? – Ela apenas sorri, confirmando – E agora? O que fazemos?
H: Bem, você eu não sei – Se levantando devagar e levantando os cabelos, deixando a amostra seu pescoço – mas eu vou para minha caminha – boceja – preciso descansar...
S: Ah, não. Helô! A Creusa teve tanto trabalho para fazer isso tudo – Heloisa segue caminhando para seu quarto, devagar, e ele a segue – Não vamos desperdiçar todo esse carinho, não é? – Ao chegar na porta de seu quarto, ela vira e olha fixadamente para Stenio.
H: E quem disse que nós desperdiçamos? Já jantamos, Stenio, ficou maluco? – Ele se aproxima e sussurra.
S: Não estou falando somente do jantar. – Ele vai se aproximando cada vez mais - Estou falando da oportunidade de estarmos sozinhos – A delegada vai dando pequenos passos para trás, tentando se afastar da tentação que conhecia como Stenio. – De sair para deixarmos mais à vontade e ... nossa!
Stenio, que estava de frente para o quarto arregala os olhos, surpreso, e chama a atenção da ex, que até então estava de costas para a surpresa principal da noite. Creusa arrumara o quarto com fotos do casal espalhadas por todos os lugares. Sobre a cama estava o principal, o álbum de casamento, com pétalas de rosas em torno. Também haviam velas e flores. Helô se surpreende igualmente e fica com os olhos marejados.
H: Stenio, olha só isso! – Ela corre ara ver tudo – Stenio, ainda em choque, anda devagar pelo quarto, apenas observando.
S: Nossa, ela nem me chamou para ajudar desta vez. Caprichou mesmo!
H: Essa Creusa não perde tempo... Vem cá, Stenio! Olha isso! – No álbum de casamento estavam coladas algumas cartas da época de eles namoravam.
“Você é a mulher da minha vida. Nunca quero ficar longe de ti. Heloisa Sampaio ALENCAR” – Stenio
“Meu futuro advogato, te amo. Você é o homem da minha vida” – Sua Helô
“Feliz aniversário, minha Helozinha. Te amo sempre” – Stenio
H: Nós éramos tão inocentes. Achávamos que a vida se resumia a isso. Troca de amores, palavras... mas foi tudo tão dife...
S: Não, Helô. Não foi diferente. Vivemos momentos únicos. Nos amávamos sinceramente, aliás, ainda nos amamos! Só você que não admite mais. Cadê aquela menina que escreveu esta carta aqui? :
“Stenio, meu grande amor. Hoje sonhei novamente com você. Estávamos na minha posse para delegada federal. Eu era a mulher mais feliz do mundo! Eu tinha você e meu sonho realizado. Como posso querer mais alguma coisa nesta vida. Te amo Te amo Te amo. E sempre será assim. Beijos. Sua Helô”
Stenio percebe que Helô não esboça nenhuma reação, parece travada/chocada/nostálgica, um mix de emoções. Ele se senta ao lado dela, na cama. Tira o álbum de suas mãos – ela ainda sem reação – a levanta. Os dois ficam bem próximos. Apenas se ouvia suas respirações. Se olhavam sem piscar, o coração batia cada vez mais forte e acelerado.
Stenio passa a mão pelo rosto de Helô, delicadamente. Ela fecha os olhos e permite o carinho. Ele resolve continuar. Com a outra mão a envolve pela cintura e puxa-a para si, em um movimento forte e seguro. Ela suspira e abre os olhos. Eles sorriem em sincronia e se permitem um abraço. Um abraço que significava o perdão, as lembranças boas e ruins por qual passaram, o amor, a paixão, o desejo e, principalmente, a saudade que sentiam. 
Helô quase chora, mas se controla. Toma forças e diz ao ouvido dele:
H: Stenio, aquela menina ainda está aqui, mas agora ela é uma mulher. E eu posso afirmar com todas as letras que... – Ela toma ar e coragem, mas não fala nada.
S: Continua, meu amor. Eu to amando sua voz roquinha, falando tudo que eu sonho ouvir a tanto tempo... – Ele põe o cabelo dela para atrás da orelha e faz carinho em seu rosto.
H: Eu – Te – Amo! – Fala pausadamente e sorri ao terminar, aliviada, como se todos esses 10 anos que ficou afastada dele, mesmo tantas vezes querendo apenas estar ao seu lado, tivessem sido esquecidos e que a mesmo paixão forte e pura de antes regrassasse. – Eu te amo, muito, verdadeiramente, mesmo que você seja um galinha, enrolador, safado!
S: Obrigada pelos adjetivos carinhos, eu gosto bastante de ouvir minha qualidades...
H: ah Stenio, cala a boca e me beija logo, vai! – Eles sorriem e se beijam.
Beijos carinhosos, cheios de amor, ternura, paixão e desejo. Não era igual ao amor de 10/20 anos atrás. Era maior, melhor e amadurecido. Os corpos colados sobre o lençol, ainda cheios de pétalas vermelhas. (Creusa havia dito na carta que o quarto estaria cheiroso, e estava. Completamente envolvido com cheiro de rosas). Eles não falaram mais nada naquela noite, apenas se saciaram muitas e muitas vezes, saciaram a necessidade de serem um só. Agora, mais que nunca, era certo que se amavam e que podiam seguir juntos, passando por cima de todos os obstáculos. Pois juntos eram mais fortes, completos. Eram um só... Era STELOISA.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #07

Stenio e Heloisa estão vivendo um período de paz. Mesmo não estando mais na “fase de teste” ele ainda têm recaídas. As vezes um beijo, as vezes um vinho. Tudo muito natural, sem cobranças ou seriedade, até porque eles não estão tendo tempo para isso. Suas vidas estão no meio de um fogo cruzado. Helô com todos os problemas da PF, Morena e Drika ainda ganhou outro peso para carregar. Peso este que Stenio vive dentro de sua própria casa. Este “peso” tem nome, é o caso da Aisha.
Berna e Mustafá não sabem mais o que fazer para conformar a garota, que sonhou a vida toda em conhecer a família biológica, mas não ficou satisfeita com a da favela. Tudo que a menina turca mais odiava era aquele ambiente, aquele tipo. Porem o destino falou mais alto e deu-lhe um golpe. Cabia a Helô ajudar, afinal ela que tinha estourado aquela bolha de mentiras que Berna fazia questão de proteger, junto com Wanda.
Com tantos problemas, eles só pensam em soluções soluções soluções. Nem as investidas diárias de Stenio estão acontecendo mais. Entre tanto eles contam com uma madrinha que mais ninguém tem igual. Creusa!
A empregada, sempre preocupada com o casal de patrões, resolve dar uma forcinha, pois andava meio displicente neste quesito “cupido de ser”. Ela conversa um pouco com a patroa, que nem dá bola para seu papo de “deixar de pensar no outros e pensar em não ficar mais sozinha”  ou “não deixar o D. Stenio escapar novamente”, coisas do tipo.
H: Creuza, tu fala demais, mulé! – Era só o que a delegada respondia, cortando e encurtando o papo.
Mas Creusa é porreta e não deixa por menos, resolve fazer uma surpresa.
Já se passam das 23hs, quando Helô e Stenio chegam em casa. Eles haviam saído para ajudar Berna e Mustafá a procurar Aisha. A garota havia fugido após ouvir a discussão dos pais. Os dois casais passaram 3 horas procurando-a, mas nada adiantou. Mustafá prestou queixa na delegacia, com a ajuda de Helo, mas a polícia só podia agir com 24 horas de desaparecimento.
Após tranquilizá-los, afinal Aisha já é maior de idade, Stenio e Helô voltam para o apartamento. Stenio vem dirigindo o carro.
S: Helô, você acha que a Aisha pode ter ido lá pro Alemão?
H: Acho muito pouco provável, Stenio. A Aisha não estava suportando estar lá, ficar lá. Imagina se refugiar lá... Mesmo assim, não sei, vou ligar para a Lucimar. Ela pode me responder com mais calma. – Helo pega o celular – Alô, Lucimar? Você está bem? E a Jéssica? Tudo calmo por aí?
L: Ta tudo na paz D. Helô. A Jessica ta dormindo como um anjinho. Ta tudo muito tranquilo, estamos todos aqui em casa. Eu, Neuma, Junior e a Delzuite. Ela ta to feliz, D. Helô. Tá até mandando um abraço pra senhora.
H: Ah! Ela tá aí, é? E ela não recebeu nenhuma visita não? Aham... Aham... Ta certo. Não, não, nada.  Eu só liguei para saber como vocês estão mesmo. Beijo. – Helô desliga o celular e concretiza sua ideia que Aisha não iria para o Alemão. – Os dois seguem para casa, conversando sobre o acontecido.
Ao chegarem estranham a casa totalmente escura. Helô liga a luz do abajur e saca um bilhetinho de Creusa.
“D. Helô, Marquei com a Niucéia para irmos a gafieira. Se lembra que a senhora tinha dito que deixava eu ir, qualquer dia desses? Pois sim. Eu deixei tudo prontinho. Janta que o D. Stenio mais gosta. Seu vinho preferido. Bolinhos de queijo e o quarto ta todo cheiroso. Agora a senhora me deixe D. Stenio escapar de novo ,viu? Vixi. Xero, Creusa.”
Após o término da leitura, Helô cai na gargalhada. Stenio fica sem entender até roubar o bilhete da mãe da ex, que sai correndo atrás dele, mas não consegue impedi-lo de ler e rir também. Eles acendem o resto das luzes e veem a super  produção da empregada.
Haviam velas aromáticas por toda a casa. Helô ascende algumas e se senta para jantar. A comida ainda estava quentinha, sinal que Creusa acabara de sair. Stenio põe uma músiquinha leve e se senta ao lado da sua amada.
Eles jantam tranquilamente. O clima estava tão bom, que esquecem da noite estressante que tiveram. O pato com laranja estava uma delícia e o vinho, raríssimo só abrilhantava mais ainda a noite. Todavia aos olhos de Stenio, nada era mais brilhante e maravilhoso quanto Helô. Calma, relaxada, sorridente. Daí sua ficha cai e ele se lembra que precisa voltar a investir na relação dos dois. Ele passa sua mão por cima da mão dela, que estava posta sobre a mesa, fazendo carinho.
S: Estava tudo delicioso, não foi? – Ela apenas sorri, confirmando – E agora? O que fazemos?
H: Bem, você eu não sei – Se levantando devagar e levantando os cabelos, deixando a amostra seu pescoço – mas eu vou para minha caminha – boceja – preciso descansar...
S: Ah, não. Helô! A Creusa teve tanto trabalho para fazer isso tudo – Heloisa segue caminhando para seu quarto, devagar, e ele a segue – Não vamos desperdiçar todo esse carinho, não é? – Ao chegar na porta de seu quarto, ela vira e olha fixadamente para Stenio.
H: E quem disse que nós desperdiçamos? Já jantamos, Stenio, ficou maluco? – Ele se aproxima e sussurra.
S: Não estou falando somente do jantar. – Ele vai se aproximando cada vez mais - Estou falando da oportunidade de estarmos sozinhos – A delegada vai dando pequenos passos para trás, tentando se afastar da tentação que conhecia como Stenio. – De sair para deixarmos mais à vontade e ... nossa!
Stenio, que estava de frente para o quarto arregala os olhos, surpreso, e chama a atenção da ex, que até então estava de costas para a surpresa principal da noite. Creusa arrumara o quarto com fotos do casal espalhadas por todos os lugares. Sobre a cama estava o principal, o álbum de casamento, com pétalas de rosas em torno. Também haviam velas e flores. Helô se surpreende igualmente e fica com os olhos marejados.
H: Stenio, olha só isso! – Ela corre ara ver tudo – Stenio, ainda em choque, anda devagar pelo quarto, apenas observando.
S: Nossa, ela nem me chamou para ajudar desta vez. Caprichou mesmo!
H: Essa Creusa não perde tempo... Vem cá, Stenio! Olha isso! – No álbum de casamento estavam coladas algumas cartas da época de eles namoravam.
“Você é a mulher da minha vida. Nunca quero ficar longe de ti. Heloisa Sampaio ALENCAR” – Stenio
“Meu futuro Delegato, te amo. Você é o homem da minha vida” – Sua Helô
“Feliz aniversário, minha Helozinha. Te amo sempre” – Stenio
H: Nós éramos tão inocentes. Achávamos que a vida se resumia a isso. Troca de amores, palavras... mas foi tudo tão dife...
S: Não, Helô. Não foi diferente. Vivemos momentos únicos. Nos amávamos sinceramente, aliás, ainda nos amamos! Só você que não admite mais. Cadê aquela menina que escreveu esta carta aqui? :
“Stenio, meu grande amor. Hoje sonhei novamente com você. Estávamos na minha posse para delegada federal. Eu era a mulher mais feliz do mundo! Eu tinha você e meu sonho realizado. Como posso querer mais alguma coisa nesta vida. Te amo Te amo Te amo. E sempre será assim. Beijos. Sua Helô”
Stenio percebe que Helô não esboça nenhuma reação, parece travada/chocada/nostálgica, um mix de emoções. Ele se senta ao lado dela, na cama. Tira o álbum de suas mãos – ela ainda sem reação – a levanta. Os dois ficam bem próximos. Apenas se ouvia suas respirações. Se olhavam sem piscar, o coração batia cada vez mais forte e acelerado.
Stenio passa a mão pelo rosto de Helô, delicadamente. Ela fecha os olhos e permite o carinho. Ele resolve continuar. Com a outra mão a envolve pela cintura e puxa-a para si, em um movimento forte e seguro. Ela suspira e abre os olhos. Eles sorriem em sincronia e se permitem um abraço. Um abraço que significava o perdão, as lembranças boas e ruins por qual passaram, o amor, a paixão, o desejo e, principalmente, a saudade que sentiam. 
Helô quase chora, mas se controla. Toma forças e diz ao ouvido dele:
H: Stenio, aquela menina ainda está aqui, mas agora ela é uma mulher. E eu posso afirmar com todas as letras que... – Ela toma ar e coragem, mas não fala nada.
S: Continua, meu amor. Eu to amando sua voz roquinha, falando tudo que eu sonho ouvir a tanto tempo... – Ele põe o cabelo dela para atrás da orelha e faz carinho em seu rosto.
H: Eu – Te – Amo! – Fala pausadamente e sorri ao terminar, aliviada, como se todos esses 10 anos que ficou afastada dele, mesmo tantas vezes querendo apenas estar ao seu lado, tivessem sido esquecidos e que a mesmo paixão forte e pura de antes regrassasse. – Eu te amo, muito, verdadeiramente, mesmo que você seja um galinha, enrolador, safado!
S: Obrigada pelos adjetivos carinhos, eu gosto bastante de ouvir minha qualidades...
H: ah Stenio, cala a boca e me beija logo, vai! – Eles sorriem e se beijam.

Beijos carinhosos, cheios de amor, ternura, paixão e desejo. Não era igual ao amor de 10/20 anos atrás. Era maior, melhor e amadurecido. Os corpos colados sobre o lençol, ainda cheios de pétalas vermelhas. (Creusa havia dito na carta que o quarto estaria cheiroso, e estava. Completamente envolvido com cheiro de rosas). Eles não falaram mais nada naquela noite, apenas se saciaram muitas e muitas vezes, saciaram a necessidade de serem um só. Agora, mais que nunca, era certo que se amavam e que podiam seguir juntos, passando por cima de todos os obstáculos. Pois juntos eram mais fortes, completos. Eram um só... Era STELOISA.


terça-feira, 18 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #06

Nove horas da manhã. Helô já está na delegacia. Ricardo chega e estranha a presença da delegada. Afinal ela costuma chegar beeem mais tarde. Ele a cumprimenta, pega um café e se senta. De sua cadeira, Ricardo, fica observando-a, até que ela percebe.
H: Algum problema?
R: Não, não – Tentando disfarçar que estava quase babando sobre o computador – Eu estava vendo como o dia está bonito. Olha o sol aí atrás de você, pela janela.
H: Aaaaaata. – Vira a cabeça para a janela, muito desconfiada. - Ok. Você tem alguma novidade do caso?
R: Sim, a nossa “Lorrana” está conseguindo milhões de informações. Vem ver aqui no computador... – Helô vai se levantando, até que lembra da ultima vez que isso aconteceu (ele dando em cima dela) e senta novamente – Não quer ver? – Ele estranha.
H: Manda para o meu e-mail, por favor, Ricardo. Porque eu to terminando umas coisas aqui. – Ele concorda com a cabeça, mas fica desconfiado.
O resto da manhã Ricardo percebe Helô meio distraída, olhos perdidos, porem sempre ligada nas suas investidas e recuando delas...
R: Está tudo bem, Helô. Você está distante hoje.
H: Estou bem sim. Há! Nem te contei! Consegui um modo de tomar um vinho com o Stênio e implantar uma informação.
R: Você fez mesmo isso? Vocês não estavam... – Ela nem espera ele terminar de falar as besteiras e continua.
H: Eu disse a ele que estava triste por causa de uma testemunha protegida que havia ido embora, não queria mais colaborar... E eu tenho certeza que ele vai correr e contar para a Lívia! – Ricardo fica surpreso com a genialidade da colega. Eles já haviam cogitado implantar informações para Lívia, mas não sabiam como – Já que a Jô falou lá na Turquia que a Morena havia voltado... Eles vão juntar informações!
R: Você é incrível Helô! Maravilhosa! – Helô para com a comemoração, cortando com o barato do policial e senta na cadeira, voltando ao trabalho.
H: Agora vamos agir. Trabalhar, trabalhar, focar! Que na hora do almoço eu preciso disso tudo pronto para poder sair.
R: Você já tem compromisso no almoço?
H: Sim, vou almoçar com uma amiga. Por quê?
R: Nada, nada... L
Então a delegada fica aérea novamente e depois solta uma gargalhadinha. Se surpreende e pergunta:
R: Helô, perdi algo?
H: Hã? Ah! Desculpa, Ricardo, eu estava aqui pensando na surpresinha que deixei para Creusa...
Enquanto isso na casa de Helô, Creusa limpa a sala escutando uma musiquinha que vinha da cozinha ...
C: Tudo qu’eu quiria era ovir cê dizer ai Lovi baby!
Creusa dançava e cantava. Distraída da maneira que estava, não percebeu que ainda havia alguém na casa... Mais precisamente no quarto de... Helô! Ela caminha até lá, animada com a música e quando entra no quarto leva um susto, talvez o maior que já havia tomado na sua vida!
StÊnio estava lá, mais precisamente, na cama de Helô. Ele estava acordando, por causa da música. E por estar sonolento, também não viu a porta aberta e Creusa prestes a desmaiar. O motivo? Stênio nu, apenas de chapéu e melado de cera!!!
C: AVE MARIA! MINHA NOSSA SENHORA! JESUS! – Ela se assusta, Gritando. Stênio se assusta com os gritos, acorda e corre para um lado e ela para o outro.
Após a gritaria Stênio toma um banho e sai envergonhado para trabalhar. Chegando no escritório ele conta a tragédia para Haroldo, que tem crises de riso.
S: É serio, Haroldo. Quando a Helô chegar... Não quero nem imaginar o que a Creusa vai dizer. Ou pior, o que a Helô vai fazer comigo.
Ha: kkkkkkkkkkkkkkkk Ai Stênio kkkkkkkkkkkk não tem como não rir, cara kkkkkkkkkkkkk Eu fico imaginando a coitada da Cre kkkkkkkkkkkkkkkk da Creusa kkkkkkkkkkkkk
S: kkkkkkkkkkkkkkk coitadinha mesmo
Ha: Do jeito que a Helô é com você... Ela vai te trucidar kkkkkkkkkkkk
S: Nada disso. Não estou morando mais lá, porém ainda estamos “em testes”.
Ha: Estão nada! Isso é coisa da sua cabeça...
S: O que? Minha cabeça? Claro que não!
Ha: Stênio, você sempre diz isso e ela sempre te manda embora. A delegada não é fácil.
S: Eu, mais do que ninguém sei que ela não é fácil. Eu nunca disse que era, entretando quando ela sente meu cheiro e eu o dela... huuuuum As coisas mudam meu amigo!
H: huuuum sei... Só falta agora você me dizer que, depois de toda a cena (dela ter te colocado para fora de casa e mandar você desaparecer) vocês passaram a noite juntos?
Stênio faz uma cara de safado e puxa Haroldo para eles saírem para almoçar. Eles vão até um restaurante no shopping mais próximo. Neste mesmo Restaurante estavam Helô e Maitê, porém eles ainda não se vêm.
M: NÃO-TO-ACRE-DI-TAN-DO! Heloisa!? Você não tinha mandado ele embora? Você não se decide. Primeiro tá toda apaixonada fa...
H: Que estava o que? Apaixonada? Eu? – Interrompendo a amiga e mentindo para si mesma.
M: Ainda não terminei! Apaixonada sim! Completamente! Profundamente! Só não dava o braço a torcer...
H: Mais é INACRÊ....
M: Depois coloca ele para fora e agora passa a noite com ele de novo? Kkkkk Pode me explicar que confusão de vai e volta é essa?
H: kkkkkkkk Eu estava em uma investigação, Maitê.
M: COMO É QUE É? Eu acho que eu não ouvi direito, uma investigação?
H: Sim
M: Tá maluca? Com o Stênio? Ele cometeu algum crime?
H: É o seguinte... – Helô conta a história para Maitê, enquanto isso Stênio e Haroldo conversam na mesa do outro lado do restaurante.
Ha: Não sei se devo acreditar nisso tudo que você conta aí não. Você sempre exagera.
S: Eu? EU?
Ha: Sim. Você é muito vaidoso. Quer sempre estar lá em cima. Não consigo ver a Helô fazendo essas loucuras todas por você...
S: Ah........ meu amigo. Você não conhece a Helô entre quatro paredes kkkkkkkk
Ha: Stênio, você não tem jeito kkkkkkkkkk
S: Ela está caidinha por mim.
H a: Sei...
S: Na verdade, acho que ela nunca deixou de estar.
H a: Não é o contrário não? Porque eu vejo você rastejar por ela e ela te esnobar.
S: Mas ontem, depois do vinho, quem me arrastou pro quarto foi ela! Nós bebemos, ela me contou umas coisas....
H a: Sim... você já me disse, quando a Lívia estava lá.
S: Desabafou e ficou louca ao término da segunda garrafa. Me arrancou a roupa, pulou em mim, me arrastou para o quarto. Uma coisa meio selvagem sabe... Aaaaaaarg!
H a: Não Stênio! Eca! Sem sonzinhos e detalhes! Eca! Kkkkkkkkk
S: kkkkkkkkkkkkkk Tá vendo, ela tá louca por mim.
H a:Tá certo, come aí vai...
De volta a mesa de Helô...
M: Sim... E isso acabou na cama.
H: Err....
M: kkkkkkkkkkk Só você mesmo, amiga. Invertigação o quê? Você se aproveitou dessa “insvestigação”, não foi?
H: Um pouquinho... – Ela fala baixinho e sorri disfarçadamente- Quer dizer... A gente bebeu e... – Helo lembra da noite que tiveram... Bastante vinho. Uma musiquinha. Os beijos. Os abraços. As mordidinhas. Eles enrolados no lençol. As loucuras da noite passada...
M: E... E... Nada! Admita que ainda gosta, ainda deseja, ainda tem tesão pelo...
H: STÊNIO?
M: É! Você admite? Que ótimo. Isso é um começo maravilhoso, amiga.
H: Hein? Não, Maitê. To falando que ele está ali ó. Na outra mesa – A delegada mostra onde os rapazes estão, elas pagam a conta e se dirigem a mesa devagar.
Ha: Aaaaa StÊnio, não vem com essa! Kkkkkkkkkkkk
S: Haroldo, A Heloisa é louca por mim e - Helô aparece atrás de Stênio, como quem vai fazer uma surpresa, ele não percebe e continua falando... - me mostrou isso mais uma vez com a noite animal que nós tivemos, suei a camisa, que mulher, que mulher...
H a: Mentira sua, cara. Ela é toda certinha e vocênão ia conseguir isso tudo ai kkkkkkkkk
S: Inveja sua! É sério! Que mulher! Ela me deixa louco com aquelas mordidas e outras coisas selvagens... – Helô fica sem graça com as coisas que o advogado fala e aparece ao lado dele com cara de chocada, mas por dentro (La dentro mesmo) ela até que havia gostado - Helô? MEU DEUS. O que você está fazendo aqui?
H: :O Sabe que eu nem sei mais – fala corada, pausadamente. – Eu....
MaitÊ, sentindo o clima, entra em ação. Cumprimenta Haroldo com um abraço e tenta falar com Stênio, que também está sem graça por Helô ter ouvido que ele estava confidenciando aquilo tudo para Haroldo. Por um momento ele achou que ela faria um escândalo, mas a delegada sempre surpreendia a todos.
H: Oi – Vendo a cara de reprovação de Haroldo (Como se esperasse mais um chute no traseiro de Stênio) ela resolve ajudar o ex-futuro- sei lá – Você contou também a parte que... – Fala algo no ouvido dele e deixa ele vermelho e risonho.
S: Claro que não, Helô... – Ele ri e aproveita a deixa para dar um beijinho na ex, que vira o rosto e o beijo vai no canto da boca.
Todos vão embora juntos. Haroldo volta para o escritório e dá carona para Maitê. E Stênio leva Helô de volta casa, pois ela não precisava mais voltar para a PF.
S: Helozinha, você ficou chateada?
H: Pelo que?
S: Pelo... Deixa pra lá.
H: Por você contar nossa noite para o Haroldo? HÁHAÁ Meu filho...
S: O que foi? Eu só achei que...
H: E você acha que eu não conto nada à Maitê?
S: Como?
H: Pois é, mas a diferença é que eu não fico medindo nível de prazer para me gabar, ou inventando coisas. Eu falo a real. E é a real mesmo, até quando...
S: Até quando o que?
H: Á vocÊ entendeu PEEEEEEEEEEERfeitamente kkkkkkkkkkkkkk
Stênio fica constrangido por uns instantes. Helô se aproxima e levanta a cabeça dele. Ele então segura seus cabelo e a deixa contra a parede. Fazendo-a arrepiar. Ela tenta resistir e continuar a zombar com a cara dele, mas ele vai passando suas mãos pelo seu corpo e começa a sentir seu cheiro. StÊnio se aproxima de seu ouvido e sussurra:
S: Então quero ver você contar essa para ela!
Ele a agarra forte. Ela se assusta e se derrete. Não tinha mais jeito, já estava totalmente rendida. Arrepiada da cabeça aos pés. Ela arranca a camisa dele e morde suas costas... Ele beija o pescoço dela, a vira de costas e anda abraçado a sua amada. Eles vão se tocando, se cheirando, se beijando e esbarrando pelas coisas a caminho do quarto. Creusa se assusta e chega a tempo de ver os dois entrando no quarto.

C: Que bom! Agora vai.  – Festeja - E pelo menos já fico sabendo que Dr Stênio ta em casa... Amanhã só passo no quarto depois que eles DOIS saírem...  – Segue para cozinha - Pois Sim!


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Giovanna Antonelli escolhe look descontraído para passeio na França

Atriz, que está no país para gravação da comédia, SOS Mulheres ao Mar, conheceu as ruas de Nice, litoral francês

Giovanna Antonelli aproveitou a tarde de folga desta quinta-feira (13) para conhecer Nice, litoral da França. A atriz está no país para gravação da comédia SOS Mulheres ao Mar que, além de atuar, também é produtora do projeto, em que atuará ao lado do cantor ítalo-espanhol Sérgio Muniz e também de Reynaldo Gianecchini.

Para o passeio, a mãe de Pietro, Sofia e Antônia escolheu uma saia longa e uma camisa em que amarrou, deixando parte da barriga de fora. “Dia de Nice”, escreveu a atriz na legenda da imagem. (MB)






#Jubs

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fanfic Steloisa #05 - Parte 4

Seus olhos se encontram, suas bocas secam, seus corações batem mais fortes, o sorriso se esconde no canto da boca, as mãos começam a suar, o friozinho na barriga aparece, as pernas amolecem, se aproximam mais um pouco, e... e... e Helô volta com a delegada para melar tudo!
H: O que você quer na minha porta?! – Empina o nariz, tentando disfarçar toda o desejo.
S: E o que você ia fazer na minha? – Sorri com malícia.
H: E quem disse que eu estava indo pro seu quarto? – mente – Eu ES-es-estava indo para a cozinha.
S: Mentira... – Fica milímetros de sua boca, deixando louca. – Você não estava indo para a cozinha, estava vindo para mim, pros meus braços...
H: Tá maluco, Stenio? – Pousa sua mão sobre o peito dele e dá alguns passos para trás. – Você se acha, né meu quiriiido? – Agora anda até a penteadeira, fazendo o coque. – Eu já te mandei vazar, não foi não?
S: Sim. – Fecha a porta atrás de si. – Mas você disse que AMANHÃ conversaríamos e... – Vai andando até ela.
H: E? E? – Cara de desgostosa.
S: E... que hoje já é amanhã. – Aponta para o relógio. – É mais de meia noite. – Fala próximo ao seu ouvido.
H: Tá certo, Stenio. – Fecha os olhos, procurando algo que lhe deixasse controlada. – Você quer assim, conversar com a cabeça ainda quente (era só a cabeça ou o ambiente também estava ficando? Kkkk), então vamos lá! – Bate na coxa e logo cruza os braços, posição de delegada durona. – Me explica, então, aquela palhaçada lá dá praia, porque eu ainda não entendi o motivo de você estar rolando na areia com aquela loira de farmácia.
S: Não. Não vamos começar por ai. Vamos começar pelo inicio mesmo. – Ela lhe pergunta, com gestos, onde seria esse inicio? – Seu sumiço no mar! – Ela cai na gargalhada. – Qual é a graça, Heloisa? Você desapareceu e eu fiquei muito preocupado.
H: Ficou... ficou... Eu vi a sua preocupação, se jogando todo para cima da primeira que te apareceu pela frente.
S: Não é verdade...
H: Claro que é, Stenio. – Coloca as mãos na cintura, autoritária. – Stenio, você encontrou uma SALVA-VIDAS e não pediu ajuda a ela! Como!? Salva-vidas, meu querido!! – Gesticulava, gritava, abria a boca ao máximo para deixar sua frase o mais clara e correta possível.
S: Mas eu tentei, Helô.
H: Sim, eu vi, você “Tentando” lá na areia – Usa os dedos para por as aspas.
S: Foi uma onde que nos levou até... Espera – A olha com desconfiança. – Você estava vendo tudo?
H: Claro... Que eu tava. Rá! – Sarcasticamente – Você é um bobo, eu tava bem atrás de você e você não me via... INACRE
S: Helô, por que você fez isso comigo? Fiquei muito preocupado, me senti até culpado, sabia?
H: E era pra sentir mesmo. Afinal, segundos depois estava atracado com aquela lá. – Helô fica vermelha de raiva e ciúmes cada vez que se lembra da cena. – Que ódio daquela... – Stenio sorri, se aproxima mais dela, deixando-a encurralada entre a cadeira e ele.
S: Ciúmes, delegada? – A alisa os cabelos
H: Claro que não, meu quiiirido – “Claro que sim!!!”, gritava por dentro – Sou mais eu! – Faz biquinho, Stenio se aproveita então para roubar-lhe um selinho. – Sai pra lá, Stenio.- O empurrando e seguindo para o lado da cama. – Não quero papo contigo.
S: O que eu fiz agora? Já não te expliquei? Você viu que eu não fiz nada demais. Alem do que... – Caminha em sua direção, deixando-a nervosa novamente. – Doutora delegada, a senhora não deixou a Carmem me fazer a respiração boca a boca. – Para na sua frente.
H: Não, não deixei mesmo. – Fala séria. – Mas você me magoou Stenio. – Vira-se de costas para ele. – Me magoou e me fez repensar algumas coisas...
Stenio sente medo. Um medo que lhe invade por dentro. Sabia que, da mesma forma que a primeira separação partiu de um erro seu e de uma decisão dela, a segunda poderia ser assim, porém ele não saberia mais viver sem ela, 10 anos já foram penitenciais demais para ele. Inspira devagar e traz as mãos até o rosto, com o intuito de retirar os pensamentos ruins, lembranças ruins, os medos...
S: Helô... – Pensa em toca-la, mas talvez ela não gostasse naquela hora, resolve esperar mais um pouco. – Me diz, meu amor, o que eu fiz que te magoou tanto? Fala pra mim...
H: Você... – Helô se vira com toda vontade de por para fora o que lhe magoava, mas assim que vê Stenio tão próximo dela, muda – É... É....
S: Fala. – Toca seu rosto com as pontas dos dedos. – Eu vou entender e tentar me redimir, juro. – Seu olhar era terno, puro e carinhoso. Não tinha olhos azuis como o mar, mas a vontade que ela tinha era de mergulhar neles. – Fala, meu amor, diz pra mim. – Tirando-a do transe.
H: Aquela mulher, cheia de direitos e se jogando pro seu lado. – Sai dele. – E você adorando... – Gesticula. – Depois ela ainda veio com um ar superior, me perguntar e TE perguntar, que seria eu? E você... – Crusa os braços e se vira, não querendo mostrar seu aspecto de puro ciúme. – Você nem ao menos disse a ela que eu era sua mulher, sua esposa. – Vira-se, com olhos marejados, inundados de raiva,medo,ciúme,dor e paixão... Quanta paixão sentia por ele, somente por ele...
S: Helô, meu amor, minha vida, me desculpa. Sério, me desculpa. – Corre até ela e lhe segura as mãos, com o rosto coberto de aflição. – Eu fiquei tão desnorteado... Você havia sumido, então veio aquela onda, eu apaguei, depois a Carmem vinha me beijar, depois vocês brigara, ai você me acusava e eu só conseguia pensar que você estava ali na minha frente e viva! Linda como sempre, irritadinha e cheia de ciúmes como tanto amo, molhada e corada tão sensual... – Morde o lábio inferior. – Não consegui pensar em mais nada, a não ser de fazer crer que tudo não passava de uma grande confusão, um engano.
H: É, foi um engano. – Ele consente com a cabeça repetidamente, até que ela continua – Eu fui a enganada da vez novamente! – Ele bufa e a pega pelos braços. Segurava dos dois lados, ela se encolhia e o olhava assustada, paralisada.
S: Entenda de uma vez por todas, EU TE AMO – Fala devagar. – E só, SOMENTE, você! – Ela tenta não olha-lo nos olhos. – Se eu quisesse qualquer outra mulher, eu não estava aqui!!! – Fala firme e até um pouco exaltado. – Lutando por você todos os dias, mesmo depois de 10 anos separados. Se eu não te amasse, não te quisesse junto a mim, não insistiria mais este ano que passamos juntos! – Estava nervoso, ofegante até. – HELOISA, OLHA PARA MIM! – Grita.
Não demora e ela obedece, fazendo com que seus olhos se encontrassem, se conectassem, penetrassem um no outro, mesmo estando relativamente distantes podiam sentir a calor que exalava de seus corpos, a vontade de se tocarem, o desejo de se amarem... Apenas com aquelas trocas de olhares.  Stenio escutara uma vez que os olhos eram o espelho da alma porque refletem diretamente o processo de energia do corpo, concordava em grau e gênero, em mente e coração, era tudo que desejavam naquele momento. Ambos queriam esquecer aquela confusão, aliás, depois daqueles olhares, daquela conexão, de saírem totalmente deste mundo, ignorando tudo ao seu redor, eles já não lembravam mais de nada, ninguém....
Passos ligeiros, sucessivos, fortes, contínuos,agudos,incessantes, diretos... Se encontram, enfim. (Respiram) Colaram seus corpos, fundiram-se transformando seus sentidos, respiração, pensamentos, batimentos, desejos, vontades, delírios... tudo em um só. Apenas um. Logo estavam na cama, um sobre o outro, ou o outro sobre um, não dava para distinguir. Se amaram urgentemente, transpiravam amor e luxúria. Mãos e bocas traçavam caminhos talvez nunca traçados antes. O cheiro de cobiça espalhava-se pelo quarto e só resultava em mais sede de se amar freneticamente. Um, duas, três horas intensas se passam, mas eles nem percebem. Até que em um ultimo mix de suspiro,gemido,contorcionismo amante, eles se exaustam e se deitam ombro a ombro.
Ainda ofegantes, com um sorriso de prazer no rosto, voltam a se olhar. Passam minutos conversando daquela forma, até que as mãos começam a intervir no diálogo. Sobem se arrastando entre os corpos nus e se encontram, próximas aos rostos. Entrelaçam seus dedos e quebram o silencio da noite.
S: Dia dos namorados... – Fala suave, sereno.
H: Meu eterno namorado. – Sorri
S: Minha, somente minha... – Sussura.
H: Nossas botas de papel.
S: De papel?
H: Um ano juntos... Bodas de papel. – Explica se balançando.
S: E se a gente comemora-se então? – Riem, trocam olhares e caricias e param. Dão espaço para algumas juras, alguns sorrisos, alguns olhares cheios de dizeres. E logo voltam à festejar. Se tocam, se beijam, se abraçam, se permitem, se unem novamente... como só eles podem se unir...

FIM


Fanfic Steloisa #05 - Parte 3

Helô seguia, na verdade, pra seu apartamento, estava farta. Farta de promessas, juras descartáveis, problemas... Bufa, tentando pôr para fora de seu peito tudo aquilo, mas de nada adianta retirar o ar dos pulmões, pois os sentimentos revirados estavam no coração. Ela dirige muda até seu destino (Helô muda? Estranhe! Pois até sozinha ela costuma falar!!), entra em casa e sente falta de ser recebida com carinho por sua fiel escudeira, Creusa. Alguns momentos passam por sua mente, como quando se separou de Stenio ou passou no concurso da PF, era sempre Creusa a primeira a ampará-la ou parabenizá-la. Caminha até seu quarto, junto com o vazio que carregava no peito.
Na praia, Stenio sente o mesmo vazio. Como pudera oscilar de emoções tão rapidamente? Afinal, naquela tarde, ele sentira um extremo medo por perder Helô no mar, logo uma imensa felicidade ao revê-la e imediatamente uma infinita tristeza por magoa-la, mesmo sem motivos e/ou sem querer. Ele caminha pelo calçadão, desolado, fritando sua cabeça, arrumando um modo de se redimir, acalmá-la, fazê-la acreditar que o que tinha visto (Carmem e ele na areia) não era o que ela imaginava. Passos largos o afastavam cada vez mais do ponto onde ele havia brigado com sua amada e também o afastavam do mundo real. E assim ele segue até o anoitecer.
No apartamento de Helô...
H: Maitê? – Ela falava no tablet.
M: Oi amiga, como você tá?Que cara tristinha é essa?
 H: Não, nada. – Maitê faz cara de desacreditada. – Eu já disse que não é nada, Maitê. – Briga - Se eu disse que é nada, é nada. – Agora parecia chorosa.
M: Heloisa, eu te conheço, amiga. Fala logo o que tá acontecendo!
 H: Não não não nã... Tá certo ta ta ta eu digo! – Respira fundo. – Stenio... Você pode passar aqui?
M: Own, meu amorzinho, não posso. – Fala carinhosamente. – Tenho que ir buscar a Bi no aeroporto.
H: Bianca? Voltou? Veio pra ficar?
M: Sim sim. Você acredita que finalmente vamos abrir a loja?– Helô sorri, mas logo desmancha o riso, preocupando a amiga. – Mas espera, fala o que você tem primeiro, eu só vou buscá-la daqui à uns minutos. Quero saber... E agora!!
H:  Vou falar, calma... - Helô explica toda a cena que assistira naquela tarde, também comenta a manhã mágica que passaram juntos. Cada palavra doía em seu peito, fazendo-a reviver todos aqueles segundos tão bons de seu dia.
M: Amiga, mas por que tanta angustia? Ele não te traiu. Pelo que você acabou de me explicar, foi uma salva-vidas que tava SOCORRENDO ele – Enfatiza.
H: Mas Maitê, eu vi! Ele tava se insinuando pra cima daquela... daquela... daquelazinha lá! – Vira o rosto, como uma criança de birraça.
M: Heloisa. – Fala sério. – Heloisa, olha pra mim. – Pausa. – Você tá com medo de novo, não é? – Ela bufa e revira os olhos, discordando. – E não tenta disfarçar não! Eu te conheço, às vezes, melhor que você mesma!
H: Maitê...
M: Não vem com essa, amiga. Se você tá com medo, os enfrente! Cadê aquela delegata durona que prende todo mundo?? Cadê?  - Helô sorri com os olhos marejados - Cadê aquela mulher forte que enfrentou toda uma máfia??  Hein? – Uma lágrima escapa e logo ela tenta esconde-la. – Hello!? Sou eu, Maitê! Não precisa esconder nada de mim, pois sei muito bem quem é você. Sei do seu passado, dona delegada... – Brinca.
H: Ai, Maitê, você é INACRÊ – sorri, limpando as outras lágrimas que acabaram rolando por seu rosto. – Amiga, como eu queria você aqui agora, queria teu colinho – Faz bico. – Eu to com medo sim! Triste e com medo.
M: Me diz, amorzinho, porque tristeza se você sabe que ele te ama? Praticamente de idolatra!
H: Medo de sofrer tudo de novo. O Stenio é reincidente e depois de hoje... – Abaixa a cabeça. – Ele me machucou, me magoou mesmo... – Heloisa não chega a completar sua frase, pois é interrompida por Stenio, que entrava no quarto.
O advogado entra de cabeça baixa, com o semblante abatido, a olha, porém ela estava com o rosto virado para retardar esse encontro. Arrasado, segue para o banho.
Enquanto Stenio banhava-se, Heloisa arrumava o quarto de hóspede, com o intuito de fazê-lo dormir ali. Ela, perdida em seus pensamentos, faz tudo mecanicamente. Sobe na cama para alcançar o armário, tira uns travesseiros e os joga na cama, os olha e se recorda das guerras de almofadas que faziam de madrugada, logo volta a si. Agora pegava alguns edredons que ficavam na parte mais alta, esticasse ao máximo, e assim que tenta descer da cama, escorrega. Stenio, porém, é mais rápido e a toma nos braços. Se olham fixadamente por alguns instantes. Assustados, ofegantes, tristes, doídos, com medo...
S: Helô... – A segura cada vez mais firme e ela, sentido suas mãos pelo corpo, vai ficando mole. – Eu acho que precisamos conversar... – Cola seu nariz ao rosto dela, que logo dá um jeito de se afastar.
H: Ai, Stenio, me solta. – Recolhe os edredons que caíram no chão e os joga por cima da cama. – Não temos nada para conversar, e não vem atrás de mim não. Hoje tu dorme ai! – Aponta para a cama e se vai.
S: Aaaah não, Helô!! – Ele a segue e, quando chega a porta do quarto de Helô, a vira bruscamente, trazendo-a para si. – Você vai me ouvir sim! – Ela o olha espantada. – Todos esses anos me julgando sem deixar eu depor a meu favor!!
H: Isso porque eu sou delegada e não juíza. - Ironiza
S: Não quero um decreto, delegada, quero uma chance de me defender. Você não disse que todos têm direito de defesa, o que eu preciso fazer pra você me ouvir agora?
H: Eu preciso de algo que só você pode me dar, Stenio... – Se aproxima de seu rosto, o toca levemente com os dedos e dispara - Sua ausência! Zarpa daqui! – Finalmente se soltam e ela bate a porta, o deixando do lado de fora, sem reação, até que...
S: Você vai se arrepender, Helô. – Fala atrás da porta. – Não é assim que se resolve as coisas. Não é assim que vencemos nossos medos. Covarde! – Ele grita, indo para o outro quarto. – É isso que você é, covarde!
Heloisa se encosta a porta e desce, deslizando por ela, chorava e não sabia mais o que sentir. Era como leu em um livro de Caio F. Abreu: “Procurou um rótulo para pacificar o sentimento, mas não o encontrou”. Ela sabia que o amava e que o medo desses sentimentos eram verossímeis, mas não podia falar isso, não em voz alta...
No quarto ao lado...
O relógio marca meia noite, Stenio continua impaciente, sentia que precisava falar naquele momento, não aguentaria até a manhã seguinte. Ele a conhecia muito bem, cada centímetro de seu corpo, talvez até de uma alma, sabia que era puro medo, insegurança e orgulho. Ele respira fundo e se levanta da cama, rumo ao quarto dela...
Helô vira de um lado para o outro na cama, não conseguia pregar o olho de modo algum, não sabia o que fazer, nem como fazer para sair daquela situação. “De novo não!”, pensa ela, ao lembrar-se de Carmem, Débora, Raquel... Nomes que rodeavam sua cabeça, deixando-a louca. “Ele não seria capaz... Não novamente... Ou seria?”. Ela não suporta mais tantos pensamentos lhe queimando a cabeça, fazendo dual a todo momento, transformando sua angustia em medo, seu medo em desconfiança, sua desconfiança em fé, sua fé em raiva, sua raiva em amor.... Amor que sentia por ele, e que jurava (secretamente) que estaria a cima das outras coisas. Assim, se refaz em pulo e corre até a porta, abrindo-a e dando de cara com ele.

H: Stenio... – Ofegante e sem voz, ela se assusta, mas admite para si mesma que foi um dos melhores sustos que já tomara na vida...

Continua...