Passaram-se 2 meses, desde que Helô prendera a quadrilha de
trafico humano. Ela está muito feliz com sua família, principalmente agora que
será vovó. Apesar de, no começo, achar uma gigantesca irresponsabilidade do
casal problema, ela terminou amando a ideia de um novo integrante na família.
Cada dia que passa tudo melhora. Ela está fazendo tratamento para sua
compulsão, está integrada em um novo caso na PF e está cada vez mais envolvida
com Stenio. Ah... Stenio. O culpado por 95% de toda sua felicidade. E isso só
iria aumentar daqui por diante. Eles planejavam se casar novamente, mas
beeeeeeeeeeeem lá para frente. Pois Helô amava viver em “fase de testes”.
Em uma tarde chuvosa Stenio vai buscar sua “namorada” no
trabalho, já se passavam das 17hs e ela estava pronta para sair, quando Ricardo
chega com uma informação sobre o novo caso. Eles ficam conversando durante 20
minutos. Stenio, que esperava no estacionamento, resolve entrar.
S: Helô, ta chovendo tanto lá fora que eu resolvi te esperar
aqui dentro mesmo – O advogado fica perplexo com a cena que assisti. Helô
estava sendo segurada por Ricardo. Ela de costas para Stenio e Ricardo bem próximo de seu rosto. – Mas o
que é isso? – Ele pensa que ela estava o traindo, finalmente o policial tinha
vencido, seu coração dói profundamente.
R: Stenio, não é o que você está pensando...
S: Frase clássica, Ricardo. – Ironiza. – Até eu já usei essa
ai... – Ele vai saindo da sala, quando Ricardo grita:
R: Stenio, por favor! Ela está desmaiada! Entenda! – Stenio
corre para pegar Helô. Era verdade, ela não parecia bem.
Eles a levam para o hospital mais próximo e ficam a espera
do médico, na recepção. Passa-se 1 hora sem nenhuma notícia. Stenio fica muito
preocupado, pois já havia percebido que ela não estava bem faziam alguns dias.
Mas como Helô era teimosa, não queria procurar médico nenhum. Ricardo também já
estava por dentro dos mal estares da colega de trabalho e resolve esperar o
resultado. O doutor chega.
D: Acompanhante de Heloisa Sampaio.
S e R: Sou eu! – Os dois se levantam. Stenio o olha com
raiva e ciúmes e Ricardo fica desconsertado.
S: Que você o quê? O marido sou eu! Hum...
R: Desculpa, Stenio, foi um impulso....
D: Bem... Não se preocupe, senhor....
S: Stenio Alencar – Aperta a mão do médico – Marido dela,
prazer...
D: Stenio. A sua esposa está bem. Ela teve uma queda de
pressão. Pelo que conversamos com ela, ela não tem se alimentado bem
ultimamente e isso não ajuda no estado que ela se encontra.
S: Como assim, Doutor?
Que estado?
D: Ué... Estou falando da gravidez... O senhor não sabia?
R e S: Grávida?
S: Dá para você parar? – Olhando para o policial. – O que
você ainda ta fazendo aqui ?
R: Stenio, eu precisava saber se ela está bem. Helô é minha
companheira... – Percebe que a palavra usada não é bem recebida – minha colega
de trabalho. Todos na PF ficaram muito preocupados com ela.
S: T certo, me desculpe, mas agora você já viu que ela está
bem, ótima... Obrigada por ter vindo, mas agora é um momento de família. –
Ricardo vai embora, não estando muito feliz pela expulsão.
S: Desculpe-me doutor, mas esse cara passa o tempo todo
dando em cima da minha mulher e agora eu... PERAI DOUTOR! – Altera a voz,
caindo a ficha – MINHA MULHER TÁ GRÁVIDA?!?!
D: Sim, foi o que eu disse.
S: MEU DEUS! QUE NOTICIA MARAVILHOSA! – Levanta as mãos para
o céu – E quando eu posso vê-la?
D: Agora mesmo, ela está no quarto.
S: E ela já sabe?
D: Ainda não. Ela dormiu, por causa dos medicamentos. Quer
dar a noticia?
S: Sim! Muito! Obrigada – Stenio sai correndo para o quarto
que Heloisa se encontrava.
Ele entra, devagar, percebe que Helô ainda dormia. Fica
olhando para seu rosto sereno e belo. Sentia uma vontade enorme de abraça-la
com força, de agradecê-la por fazê-lo o
homem mais feliz do mundo, novamente. Mas preferiu espera-la acordar.
H: Stenio... – Diz acordando. – Stenio... Você tá aí? –
Stenio, que estava cochilando na cadeira ao lado, se levanta.
S: Sim, meu amor. Estou aqui. – Ela sorri e segura a mão
dele. – Você ta melhor? Que susto eu tomei, meu amor.
H: O que aconteceu?
S: Bom. Eu fui te buscar na PF e te vi caída nos braços do
Ricardo. Me desesperei, pensando coisa errada, mas depois vi que era pior. Sua
pressão caiu e médico teve uma conversa séria comigo. – Helô fica tensa,
achando que tinha alguma doença grave. – Por que, Helozinha? Por que você não
se cuida? – Ele piora a tensão – Meu deus... Você precisa me escutar... Precisa
ir ao médico...
H: Stenio! Fala logo o que eu tenho! Você está me deixando
louca! Pow! – Ele ri, mas tenta disfarçar. – FALA! – Se aproxima dela, alisa
seu rosto, com um ar preocupado e fala:
S: Helô, meu amor... Você passou por vários exames, todos
estávamos muito preocupados com você. Cada dia que passava você aparecia com um
sintoma diferente e nós não víamos o que estava na cara...
H: Ai meu deus... Stenio. Desembucha!
S: Enjoos, tonturas, muita ansiedade, desejos... – Ela fica
pensativa e depois arregala os olhos – Sim, meu amor. G-R-A...
H: V-I-D-A-! Grávida! Meu São Jorge! Não pode ser? Como pode
ser? – Ela fica incrédula
S: Quer que eu te explique mesmo? – Fala algo no ouvido dela
e ela ri, afastando-o.
H: Stenio, seu safado! Eu sei disso tudo... Mas uma criança,
Stenio? A essa altura do campeonato? Não sei ... – Segura a mão dele.
S: Helô. Você me fez o homem mais feliz da face da terra
outra vez.
H: Nós vamos ser avôs e pais ao mesmo tempo? Stenio... –
Seus olhos se enchem de lagrimas e ela não sabe mais o que dizer... e nem
precisou. Stenio segurou suas mãos e deu toda a força que ela precisava naquele
momento, logo depois foram para casa.
Chegando lá, Helô ficou o resto da tarde em seu quarto e
Stenio desmarcou todos os compromissos para continuar junto de sua amada.
Creusa Não parava de enchê-los de mimos, estava muito feliz com a notícia. Leva
para o quarto uma enorme bandeja para lancharem.
C: Agora ta mais que na hora de vocês casarem de novo, né D.
Helô? – Pisca para Stenio.
H: Owowowow! Eu vi essa piscadinha, hein? Vamo parar com
este complô ai, hein? Não me pressionem, não faz mal para o bebê – Ela brinca e
todos riem.
S: Eu ainda consigo Creusita. – Eles batem as mãos e Creusa
se retira. – Ela torce por nós, Helô.
H: Eu sei. Ela é a culpada disso tudo aqui! – Eles se beijam
e comem e se beijam novamente, e passam a tarde assim...
O tempo passa, agora Helô está com 6 meses. Com a barriga já
aparecendo, Ricardo a exclui das operações de campo, ela permanece apenas nas
investigações no escritório da PF, o que não a deixa nada satisfeita. Porem
hoje é um dia especial e ela resolve não brigar com Ricardo por este assunto.
Ela vai para casa se arrumar. O dia é de festa, casamento de Theo e Morena.
H: Creusaaaaaaaaaa! – Grita e logo a empregada aparece junto
com Stenio.
C: O que foi D. Helô?
S: Minha nossa senhora, aconteceu alguma coisa?
C: Foi o bebê?
S: Vai nascer? Vou ligar pro hospital!
C: Vou pegar a mala.. Mas não ta muito cedo não? Oxi... Ave
Maria – Os dois correm pela casa e Helô não consegue dizer nada, apenas rir.
S: Você tá rindo? – Respira e tira o telefone do ouvido – O
que acontecendo, Helô?
H: Ai meu Deus... Você são INACRE. – Ela põe as mãos no
rosto tentando parar de rir. – Não é nada com o bebê, desesperados.
C: O que foi, então, mulé?
H: Creusa, cadê aquele meu vestido preto? Aquele que tem só
uma alça?
C: Ave Maria... Ta no seu guarda-roupa, D. Helô!
S: Essa gritaria toda, por causa de um vestido? – Ele bufa e
se joga na cama.
H: Eu quero estar bonita para o casamento da Morena, a final
somo os padrinhos, esqueceu? – Se aproxima da cama.
S: Claro que não esqueci – se ajoelha na cama, ficando
frente a frente com ela. – Eu acho você linda de qualquer forma.
H: Até em forma de balão? Como eu to agora? – Ele a olha de
cima à baixo e ri.
S: Até em forma de balão! – A envolve e dar-lhe um beijo no
pescoço, deixando arrepiada.
H: Ai Stenio... – Volta a si - Não ache que eu engoli. – Vai
para o closet e pega o vestido, mas tem dificuldade na hora de vestir. –
Stenio, me ajuda aqui! Da difícil de entrar! Ai.
Stenio a ajuda, o vestido fica um tanto apertado, mas ela
insiste em ir daquela forma mesmo. Eles chegam ao casamento, Helô quase não
respira, apertada na roupa. Todos elogiam o barrigão e eles ficam muito
felizes. Drika chega com seu filhinho no colo e Stenio o enche de paparicos e
manhas. Deixando Heloisa encantada com a cena.
O casamento se passa, magicamente belo. A igreja de São Jorge
estava toda enfeitada. Morena e Theo pareciam muito felizes. E passam esta
felicidade para os convidados.
Na festa, que acontece na casa de D. Áurea, todos
parabenizam o casal. Stenio dá um presente para Theo em um envelope. Ele abre,
ansioso e fica muitíssimo feliz. Era um contrato de patrocínio do escritório.
T: Muito obrigado, Doutor.
S: Eu sou o padrinho, não é? O presente tinha que ser a
altura. – Eles sorriem e comemoram.
Na metade da festa Helô se sente um pouco enjoada e pede
para sair. Do lado de fora, em um banquinho de braça, Stenio e Helô conversam.
A lua estava cheia e o céu recheado de estrelas. Ele fazem juras de amor e
planejam o futuro com o próximo fruto que viria em breve. Muito felizes, eles
estava, mas começam a brigar, como de costume...
H: Ai não, Stenio, não começa com isso.
S: Começo sim! Finalmente consigo tirar o Ricardo do nosso
caminho, fazer você confiar em mim, por a Drika nos trilhos e mesmo assim você
não casa comigo! Poxa...
H: Ai... Stenio... – fala manhosa – Você tá me aperreando...
– Alisa seu rosto e faz biquinho. – Você sabe que isso não faz bem paro o nosso
bebê... – morde o lábio, o excitando.
S: Helô, a gente ta no meio da rua, não faz isso comigo... –
Ela continua a provocação, dando pequenos beijinhos no pescoço do advogado –
Você não quer? – Morde sua orelha, fazendo-o arrepiar e ceder a tentação.
Stenio a agarra com fervor. Beija a delegada ali mesmo, um
beijo molhado, quente e muito demorado. Trocam caricias cada vez mais intensas,
até que passam uns adolescentes e zombam do casal.
A: Iiii olha o tio poderosa pegando a grávida. Que pegada,
hein tio?
Helê, mesmo muito envergonhada, não consegue parar de rir.
Stenio não acha anta graça, não pelo constrangimento do amasso em praça
pública, mas sim pelo “TIO”. Ele decide ir embora, bravo.
H: Ai Stenio. Deixa de ser bobo. – Não querendo levantar –
Isso pode até ser um elogio – Não para de rir – Afinal você não é tio, é avô!
Rá! – Ele faz um bico e tenta puxá-la para o carro. – Não, Stenio! Não me puxa,
o vesti... – Tarde demais! O vestido de Helô rasga bem na parte de trás e agora
quem ri é ele.
S: Desculpa, Helosinha. – Cai na gargalhada, vendo o estrago
que fez. – Eu esqueci da situação do vestido mega apertado – Ele continua a
rir, mas Helo, muito brava não consegue ter nenhuma reação, estava em choque.
No meio da rua, com o vestido todo aberto atrás e ainda com
Stenio rindo sem parar, Heloisa tem uma crise de nervos e começa a bater no
advogado, chamando a atenção dos mesmos adolescentes que haviam passado antes.
Eles agora riam de Helô e ela se esconde atrás de Stenio. Totalmente
constrangidos, eles vão para casa, sem se despedir de ninguém da festa.
Chegando em casa, a briga continua...
H: Olha o que você me fez! – Ela tira o paletó que estava
lhe cobrindo e mostra o estrago, olhando-se no espelho. – Stenio, eu vou te
matar – Corre atrás dele no quarto, mas
advogado foge. – Vem aqui, Stenio, eu vou te pegar! – Ele se vira e a
pega com vontade.
S: Não! EU te peguei. – Desce as mãos pelas costas dela, ela
se derrete. – Você é minha – Ela fecha os olhos para sentir a as caricias cada
vez mais fortes – Eu sei que você adorou a aventura de hoje – Ela ri, meio
brava. – Mas saiba que ainda tem mais... – Stenio puxa o tecido do vestido de
Helô e termina de rasgá-lo. Ela solta um gemido, se assustando e podendo em fim
respirar.
O resto da noite é toda assim. Entre tapas, beijos e muitas
outras caricias eles se amam. Intensos, cheios de amor, sem medo. E no meio de
tantos sentimentos, ele arrisca:
S: Casa comigo? – sussurra.
H: Eu estava louca para ouvir isso outra vez... Por que
demorou tanto para perguntar novamente? – entre mordidas e arranhões.
S: Isso é um sim?
H: Não! É um COM CERTEZA...