Tudo na perfeita paz e harmonia. A família Sampaio Alencar
viva uma fase de total amor. Todas as atenções voltadas à Drika, da maneira
como ela sempre adorou. A gravidez foi em perfeitas condições. Graças a Deus, o
casal problema deixou de fazer loucuras. Agora até Pepeu está trabalhando. Os
avôs, cada dia mais apaixonados, até parecem os próprios pais da criança. E
quando descobriram que era um menininho a coisa só piorou. A final, Stenio
sempre quis um garotão para ensinar a ser pegador, assim como ele. E Helô, a oportunidade
de um companheirinho, o que Drika nunca foi para ela.
Drika já estava com 9 meses, o parto iria ser Cesário, e
estava marcado para a semana seguinte. Então a delegada, nervosíssima, resolve
ver (pela milésima vez) se estava tudo em ordem na mala que a filha iria levar
para o hospital. Helô, que não trabalhara naquele dia, chama Creusa e Stenio,
que estava morando com ela, para ajudar.
H: Fraldas? – Olhando e marcando em sua listinha.
S: Ok. – Ele se espanta com a quantidade de fraldas – Meu
deus!! Um bebê tão pequeno, pra quê tanta?
C: O bichinho é pequeno, mas produz muito, D. Stenio... –
rindo e tampando o nariz, fazendo todos rirem também.
H: Chupeta, Talco, pomadinha?
C: Ta sim!
H: Chuquinha, mamadeira, aquela pequenininha?
C: Oxi, tá aqui já! – Com um enorme sorriso.
H: E o macacãozinho amarelo? Aquele que eu comprei para a
saída da maternidade, cadê?
S: E... Esqueci! – Bate a mão na testa e corre para o
quarto.
H: Não pode esquecer, Stenio! –O segue até o seu quarto.
C: Vixi Maria! É um estresse... Mas sim! – Creusa continua a
arrumação da mala, pois já sabia de cor aquela história, no nascimento de Drika
fora a mesma coisa. Ela termina a mala e vai para a sua cozinha.
No quarto, Helô briga com Stenio, como de costume (eles amavam
as briguinhas). O advogado adorava irritar a mulher, o excitava. Eles estavam
vivendo como marido e mulher, mesmo não tendo se casado novamente, moravam
juntos e viviam em lua de mel. Ele fingia não encontrar a roupinha, mas já
tinha uma intenção oculta...
S: Helô!! Helozinha. Me ajuda aqui!! – Ela aparece atrás
dele, o assustando. – Que susto, Helô! – Põe a mão no peito, caindo para trás,
no canto do closet.
H: Não é poSSÍvel... – Ela ri ao ver Stenio no chão – Você é
INACRÊ!
S: Me ajuda, acho que coloquei a caixa dele aqui por
baixo... – Ela se abaixa e procura também.
H: Você tem certeza que colocou aqui? – Vasculhando as
coisas – Tem mesmo, Stenio? – Ele se aproxima do pescoço dela, tira o cabeço e
a cheira. – Para, Stenio... – Se arrepiando. Ele continua – Ta fazendo
cosquinha , Stenio. Para... – Ele ri e continua, agora percorrendo todo o
pescoço. – Stenio, foco! Precisamos achar o macacão! – O afasta e continua a
procurar. – Ele insiste. – Stenio! Pow! – Olha-o contrariada- Eu vou parar de
te ajudar a procurar!!
S: Não precisa mais procurar, Helosinha... – A abraça,
virando-a para ele.
H: Para, eu não gosto que você me chame de HE-LO-SI-NHA. –
Falando “sério” e “brava” e se aproximando dele.
S: Gosta sim! Mentira sua... – Se aproxima mais ainda do seu
rosto, falando suavemente.
H: Para, Stenio. – Se afastando e ele insistindo. – Não, não...
– Um selinho e volta. – Pa-para. – Mais um selinho. – Tenta se levantar no meio
dos selinhos, mas acaba caindo. – Aiii – Stenio cai por cima dela e os dois
riem.
O casal nunca esteve tão bem. Parece que o tempo que
estiveram separados só aumentou o que sentiam, intensificou e amadureceu. Estavam conectados. A gravidez da filha
contribuiu muito para a relação dos dois, mas a ideia de se casar novamente
estava longe de ser aceita. Helô decidiu que morar junto seria o melhor, e como
a ultima palavra era sempre da delegada, Stenio concordou. Mas ele não desistia
de tentar amolecê-la.
S: Você vai ser a vovó mais linda desse mundo, sabia? – Por
cima dela, no chão.
H: E você o vovô mais mentiroso. Rá. – O beijando no canto
da boca.
S: Você acha que eu to mentindo? – Se levanta e a puxa,
levando-a até a frente do espelho. – Olha ali – Fica por trás dela e aponta
para seu reflexo no espelho.
H: O que? – Fingindo não entender.
S: Ta vendo aquela pessoa maravilhosa ali? – Aponta para o
espelho - Além de linda, cheirosa, - a
cheira no pescoço – bem sucedida, durona, doce, totalmente incrível? – Ela
sorri e suspira – Então, você ta do lado dela! – Faz careta, aponta para si começa
a rir.
H: Cachorro! – Dá um soquinhos no peito dele.
S: Ta certo, ta certo... – Põe as mãos para cima, se
rendendo. – É você!
H: Convencido! – Ela ri, junto com ela.
S: Você ainda não viu nada – A vira e pega em sua cintura. –
Eu vou te mostrar – Joga-a na cama e vai se aproximando.
H: Stenio... – Com uma voz manhosa. – Não... – Ele faz que
sim com a cabeça – Não... – Repete o gesto chegando cada vez mais perto. –
Temos que terminar a mala do bebê... – Deita-se por cima dela, de leve, se
apoiando nos braços. – Nã... – Morde o lábio inferior.
S: Tem certeza que nã... – Stenio nem consegue terminar a
provocação, pois Helô o puxa pelo colarinho e beija-o com urgência.
Os beijos vão ficando cada vez mais fortes e ardentes. O
nervosismo some. Ali só existia paixão e desejo. O mundo havia sumido, as
preocupações também, dando espaço para a intensidade dos beijos que trocavam.
Stenio sabia cada ponto que deixava sua mulher mais entregue, ele adorava vê-la
se arrepiar, derreter. Helô tentava se manter firme, não queria perder sua fama
de mau, mas nem sempre conseguia. Ela deixa escapa um grande sorriso de
satisfação, ele o vê e ri.
H: Tu vê tudo, né? – Ele, ainda sorrindo, confirma. Ela
passa por cima dele – A gente não pode descuidar com você, né Stenio? – Dá um
sorrisinho safado e a beija.
De repende Creusa aparece na porta, que estava aberta.
C: Donelô! Donelô! Acude que a criança va... IU! – Ao ver os
dois namorando, ela se vira de costas e tapa os olhos – Eu não vi nada! – Os
dois caem na risada.
S: OÔO... Creusa – Stenio reclama, prendendo o riso. - O que
aconteceu agora?
H: Pode virar, Crusita. A gente tá vestido mulher... – ri,
corada de vergonha.
C: D. Helô,
D. Stenio. Se preparem, pois o Pepeu ligou e disse que não deu para
esperar. A menina Drika sentiu as contrações lá no shopping e ele levou ela pro
hospital!
Os dois se olham e pulam da cama, eufóricos, e seguem para o
hospital...
Drika sentia muita dor. As contrações eram fortes e a
dilatação já estava exata para o parto. A garota, mimada do modo que era,
reclamava todo instante das dores, do bebê apressado, dos pais que ainda não
haviam chegado, do médico que não começava o parto e tudo que lhe passava pela
frente. De repende Helô entra na sala de cirurgia.
D: Mãe? Cadê o Pepeu?
H: Filha... – Se emociona ao ver a filha ali, naquelas
condições. Logo seria mãe e deixaria de ser sua pequena princesa. – Ele nãoa
aguentou ver o sangue da foto da porta...
– Ela ri. – Tu foi arrumar um marido muito mole, além de todo o resto...
D: Não começa mãe... – sente mais dores – O Pepeu ta sendo
um ótimo pai. – Helô joga os olhos para cima, rejeitando a informação. – Mãe...
– Pega a mão dela. – Que bom que você ta aqui... – Se emociona. – Ninguém
melhor que você para dividir esse momento comigo.
H: Drika – Ela chora horrores – Você acaba com a sua mãe
desse jeito. – Drika ri do drama da mãe, mas se emociona bastante também.
Após todo o choro, o parto começa. A equipe médica é toda
cuidadosa com Drika. Helô tira fotos e apoia a filha, a final ela não havia
escolhido um parto normal, aconteceu. Assim que o bebê nasce, Drika sente um
grande alívio, acompanhado de uma grande emoção. Helô o toma nos braços e o
carrega até a mãe, muito emocionada.
H: Ele é lindo! – O deita sobre a mãe – Parece muito com
você, filha. Nem to aCREditando...
D: Mãe... – Chora e ri. – Ele parece muito comigo mesmo! –
Lindo, lindo, lindo.
H: É como se o tempo voltasse e você estivesse aqui na minha
frente, pequeninha...
A enfermeira chega e diz que tem que levar o bebê. Drika não
permite no começo, mas Helô a convence. Todos os procedimentos seguintes passam
rapidamente e elas vão para o quarto. Enquanto isso, Stenio e Pepeu babavam no
vidro da maternidade. O bebê era realmente lindo, grande e esperto.
P: Parece comigo, não é sogrão?
S: Deus me livre! Ele parece é comigo! Com o vovô aqui, não
é meu lindo?
P: Não, comigo.
S: Não viaja moleque... – Helô aparece atrás dos dois.
H: Não viajem vocês! Ele é a cara da Drika. Muito lindo,
pequenino de vovó! – Todos brincam no vidro. – Vamos? A Drika já está no
quarto.
S: Você deixou ela sozinha, Helô? – Se espanta.
H: Ela está dormindo. E a enfermeira está lá com ela.
Chegando ao quarto, todos comemoram junto a Drika. Alguns
minutos depois o bebê chega. Ele vestia um macacão azul com um bordado escrito
“Sou do vovô”. Helô olha para Stenio e
aperta os olhos, o mirando, mas logo depois começa a rir. Stenio se empenhava
muito em concorrer com Helo, para ver quem mimava mais o neto.
D: Ai pai... só você mesmo...
P: Acho maneiro isso, mas deveria ser papai né? – Rindo para
o filho.
H: Não! Vovó! – Imitando a voz de neném.
S: Fui mais rápido! – Faz biquinho para o bebê.
D: Vocês, hein? Tão parecendo um bando de malucos com essas
caras... – ela ri.
S: Drika, filha, e o nome?
H: Filha, você disse que iria ser uma surpresa, mas até
agora... nada.
D: Ta certo. Vou dizer... É... Tan tan TAM...
H: Fala logo!
D: Pedro.
S e H: Pedro? – Se emocionam sincronizadamente.
D: Sim. Eu me lembro de ter escutado, muito pequena, que
vocês queriam ter outro filho e colocariam esse nome. Mas logo depois vocês se
separaram e...
P: Não vamos falar disso agora, gata. O Pedrão quer mamar.
H: Filha, que lindo.
S: Obrigada, meu amor. Me deu até vontade de ter outro
filho... – Vira para Heloisa. – O que acha, Helosinha?
H: Stenio, tu bebeu. Tá maluco. Já basta essas três crianças
para cuidar não?
P: Três?
H: Você, Drika e Pedrinho de vovó. – Todos fazem bico, mas
acabam rindo.
Toda felicidade daquele momento se segue durante muito
tempo. Aquela criança trouxe muita luz e aproximou ainda mais a família. Drika
e Pepeu amadureceram em 9 meses, o que não haviam amadurecido a vida toda. E
Helô e Stenio aprenderam a conviver melhor (sem deixar as maravilhosas e
prazerosas briguinhas de lado). Agora eram uma família completa. Exalavam
harmonia e amor.
Assim que saem da sala, Stenio tenta mais uma vez.
S: Meu amor. Somos uma família tão linda. – Se ajoelha. – Me
deixa fazê-la completa também? Casa comigo outra vez? – Lhe mostra um anel – Eu
não consigo mais viver sem gritar para o mundo que te amo, que você é minha
mulher!
H: Stenio...
S: Por favor... Nós estamos tão bem... Eu quero te ter como
esposa, eu te prometo que não vou mais cometer os mesmos erros. Eu te amo
muito, eu...
H: Stenio! Pow! Deixa eu responder!
S: Desculpa, me empolguei... - A delegada pega o anel, o
coloca no dedo, ajuda o advoga a se levantar e o olha com um leve sorriso no
rosto. – Isso foi um sim?
H: Claro, Stenio! – O puxa e morde seu lábio, depois vira-se
e segue andando rapidamente em direção a saída.
S: Helô, vai me deixar aqui assim? – Ela vira com um sorriso
safado, para e fala baixinho.
H: Já aceitei me casar com você, não vamos comorar? – Corre
e ele vai atrás rindo apaixonadamente feliz. Agora tudo estava perfeito e
completo!
Rayssa Vasconcelos
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